domingo, 31 de agosto de 2008

El finale!

Bom, agora são 2:10h da madrugada de domingo e eu perdi meu vôo para Cuiabá.

Sobestimei o transporte público paulistano e acabei perdendo meu vôo - o que resultou em 8h de espera até o próximo vôo.

Coincidência ou não, há 8 meses atrás eu estava neste mesmo aeroporto escrevendo sobre minha ida à Eslováquia - sentado no chão, ainda na euforia de ver o novo.

Ainda recebo perguntas que não consigo responder - como foi a viagem? gostou? compensou? etc..etc.

Não dá. Eu sei que foi bom, eu gostei, mas eu não consigo colocar tudo em palavras, tudo que falo é "Foi ótimo" ou "Compensou", mas, para mim, monossílabos sem explicação são como políticos falando "Investirei na educação!" - mas de onde o dinheiro vai sair, ninguém sabe.

Meu português ainda está inferrujado, às vezes eu ainda assusto com tamanha pobreza e desigualdade que temos nas ruas, sem mencionar na falta de educação em todos os cantos públicos - minha última experiência foi com transporte público, frustrante. Mas eu supero.

No mais, vou fechar este blog pois não consigo deixar responsabilidade abertas.

Aos que se interessarem sobre a Eslováquia ou intercâmbio para a Europa, sinta-se à vontade de procurar (email/MSN disponível no perfil).


Ahoj! :)

sábado, 23 de agosto de 2008

Chegada

Ironia ou não, minha chegada ao Brasil foi junto com a chegada da seleção feminina de futebol. E não é novidade que eu não gosto de futebol.
Aí no no saguão de desembarque estava aquela maratona de jornalistas - só pra tumultuar mais e deixar minhas 19 horas de pós-viagem mais agradáveis.

A viagem foi tranquila e sem atrasos: Viena - Londres em 2h. Seis horas de espera no aeroporto de Londres (Heathrow) e 10:50min de Londres à São Paulo. Nada de bizarro aconteceu (e isto me assusta, né?).

Aí fui pego no Aeroporto Internacional de Guarulhos pelo Rodolfo (e outros amigos dele) e seguimos direto para minha casa nova, em São Bernardo do Campo.

Algumas diferenças começaram a aparecer - como, por exemplo, um "ar de má educação" que parece se ter por aqui. É que eu estava mal acostumado a receber "bom dia", "até mais" ou "até logo" em qualquer lugar (após compra, após saída de uma sala, elevador, etc..). Aqui não: você compra e no máximo o que recebe é um "próximo!". Estranho. Welcome to São Paulo?

Entrei e não tirei os sapatos pra chegar até meu quarto, bem como usei o toilet e acumulei o papel usado no cesto (que, confesso, ainda acho bem nojento - querendo ou não, jogar na privada é bem mais higiênico, você há de concordar).

A temperatura por aqui também não está tão agradável - 17 graus Celsius, contra os quase 35 que fazia na Eslováquia.

E o futuro deste blog? Bom, inevitavelmente ele vai ser fechado mas por enquanto eu continuo a escrever sobre as primeiras impressões. Até que tudo volte ao "normal".

Agora é esperar e se adaptar.

Welcome to Brazil.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Choques Culturais

Choques culturais. Isso significa que eu em alguns momentos da minha estadia em Bratislava/Eslováquia/Europa, eu me senti numa situação nova ou diferente da acostumada no Brasil. Algumas delas são normais e você encontrará sempre que pisar aquina Europa, outras são só diferenças que ocorreram algumas vezes, não em geral.
Mesmo tendo a palara "choque", não significa que o que vem adiante são coisas ruins, nem mesmo grandiosas. Pelo contrário, muitas delas, são choques positivos e outros foram só insights.


1. Colocar moedas em carrinhos de supermercado e de aeroporto e retorná-los após o uso;
2. Ter um chuveiro móvel e não um chuveiro pendurado na parede = tomar banho com uma mão só!
3. Ter o toilet separado do bathroom, significa que você não toma banho no mesmo lugar em que você #%#$...
4. No transporte público, ter que entrar pela porta de trás e marcar o seu próprio ticket;
5. No transporte público, a inexistência de cobrador;
6. No transporte público, ter uma tabela de horários com exato momento em que o ônibus passa em cada ponto de ônibus;
7. Comer batatas como se fosse arroz;
8. Comprar água gaseificada ao invés de natural - e ter que achar 1 marca sem gás entre 999 marcas com gás;
9. Numa lanchonete, fazer o pedido, pagar e não precisar mostrar recibo na hora de retirar o seu pedido;
10. Num pub/bar, se acompanhado de algumas pessoas (5, 6 pessoas), todos fazerem o pedido ao mesmo tempo (bebida e comida);
11. Pagar por sacolas plásticas no supermercado ou, quando não, carregar as coisas na mão (por que eu não carregava uma sacola comigo e nem queria comprar sacolas hahaha);
12. Ver pessoas carregando pequenas compras de supermercado nas mãos;
13. Andar em elevador sem porta interna;
14. Estar batendo um papo com alguém e de repente o cidadão assoar o nariz em alto e bom som. E parece que nada aconteceu.
15. Sempre que visitando alguém, ser bombardeado por ofertas: deseja beber algo? Chá? Vinho? Cerveja? Vodka? Água?
16. Jogar papel higiênico na privada (p.s: e depois disso, agora eu não me conformo em acumular papel higiênico usado em um cesto haha)
17. Correr atrás do sol = se o dia for ensolarado, correr para o parque, piscina pública ou lago para tostar!;
18. Após o almoço, fazer exercícios leves (como andar ou subir 4 andares pela escada) e argumentar que faz bem para digestão (hey, no Brasil a gente come e depois dorme!);
19. Bancos abertos ao público até às 21h, de segunda a domingo!!!!

Este post foi escrito há 5 meses atrás, quando estas coisas ainda eram diferentes. Hoje, já nem me lembrava mais que existiam. Acostumei-me.

E agora, que venham os choques culturais no Brasil! :)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Budapeste II

A gente acordou cedo (7h) no sábado.
Já sabíamos que ia chover, pela previsão do tempo, então não estávamos tão animados.

Pegamos chuva durante todos os 200km. Chuva fina, chata.

Quando chegamos em Budapest a chuva deu uma trégua e depois ao longo do dia todo, não pingou uma gota sequer. Great :)

Como só tínhamos "um dia", optamos por andar no centro um pouco, fazer a rota ponte-igreja Santa Elizabete e parlamento (já é um chão bom). Perdemos de ir à sinagoga.

A regra da viagem era: sem pressa. Nada de correr! Queríamos a paz de se perder em Budapeste, ser turistas perdidos. E fomos.

Compramos uma panqueca de batata, um espetinho mixuruca e uma porção de batata: 15 euros. QUINZE euros! Foi um roubo! haha Quer ser turista? Então aguenta..

Como os eslovacos já foram perpetuados pelos húngaros, no passado, e até hoje eles têm uma rixa daquelas, a nossa frase do dia era: "Não confiem nos húngaros!". Era puro racisto e preconceito, claro, mas era uma piada interna haha.

Aí depois de alguns minutos fomos comprar ticket do metrô (que, por sinal, é o primeiro metrô da Europa): a vendedora não falava inglês (se ela sabia eu não sei - os húngaros têm um nacionalismo, assim, parecido com o dos franceses) e mesmo tendo apontado pra ela de onde para onde queríamos ir, ela nos vende um ticket de um dia. UM DIA! Pára tudo! haha
Aí pronto, imortalizamos a frase: "Não confie neles!" haha (parar com essa palhaçada, né? :))

Então tá, sem mais, fique com as fotos..

Foram duas câmeras: a minha e a do Alex, então vai parecer meio repetido.





Ahoj!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Budapeste

Esta vai ser minha última viagem turística :(

A Ala vem pra Bratislava hoje à noite e temos programinha especial: bater papo no centro-empacotado-de-turista e amanhã cedo ir para Budapeste, passa o dia por lá.

Budapeste é a capital da Hungria, cidade com seus mais de 1 milhão e meio de pessoas e prédios estonteantes (dizem).

Fica aí uma palhinha: Prédio do Parlamento Húngaro e a Ponte Széchenyi.





Mando fotos em breve :)

Ahoj!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

E o verão na Europa?




Olha, se tem uma coisa que eu não me acostumei ainda é com a euforia do europeus pelo verão.

É mais do que entendível que se eles só se têm este sol e um calor de 35ºC por apenas 3 meses num ano: é claro que eles vão aproveitar demais. Mas, mesmo assim, eu não dou conta não.

É festa em tudo quanto é canto, sãs as praças do centro sempre fervendo de turistas, as dezenas de festivais de diversos tipos (jazz, rock, música clássica), prais artificais, piscinas públicas, pistas de patins, bicicletas, passeio com o cachorro, pequinique no parque, vôlei de praia (nas margens dos rios), enfim, tudo que é móvel e legal sai para as ruas.

E seus amigos também. E é neste ponto que a coisa pega: sair.

Final de semana para mim é para descansar e fazer uma atividade light: ir ao cinema, visitar um shopping, comer aquela comida (e depois dar uma dormida preguiçosa sem preocupação), caminhar despreocupado. Mas aqui não: se o sol estiver lá fora, pode esperar, seu domingo preguiçoso pode virar um inferno de 100 atividades sem nenhum tempo para respirar.

É claro que isto varia de pessoa para pessoa mas em geral, se o sol estiver raiando lá fora e você estiver dentro de casa, é como se estivesse em uma prisão.

E eu também não me acostumei com ir a piscinas públicas ou lago e ficar lá fritando, por 3h, exposto ao sol. CREDO!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Praga, novamente

Estranho quando pensamos que uma cidade parece algo bem distante da sua realizade e, de repente, ela vira uma coisa, assim, "blé".
Nunca morei em Praga, adoro a cidade, era uma das primeiras cidades que queria visitar na Europa e de repente de pego indo para lá pela terceira vez.

Hoje meu chefe veio aqui falar que eu e o meu outro chefe estamos indo para Praga, na terça-feira que vem, para receber treinamento da IBM sobre um produto que eu venho martelando a cabeça para fazer funcionar há umas 3 semanas.

Já disse: se não sabe, pesquisa. Se não achou,pergunta. Se não responderam, esperneie :)

Abraços!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Síndrome de Estocolmo

"A Síndrome de Estocolmo (Stockholm Syndrome) é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de seqüestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do seqüestrador."
Fonte: Wikipedia

Meus dias pela Eslováquia estão contados e parece que eu estou vivendo uma certa "Síndrome de Estocolmo" após meus (quase) 8 meses de vivência nestas terras.

Eu não sei até que parte é vínculada a minha naturalidade de parar para entender tudo e não julgar nada nem ninguém - e sempre fazer o maior esforço do mundo para, antes de julgar, falar que eu é que não entendi direito para repensar e reanalisar.

Enfim, é que ainda me dói ouvir de brasileiros frases como "Eslováquia? Mas o país é tão pobrinho!".

Aí eu não sei onde que dói mais: se é naquele lado meu que tenta sempre ser flexível e humano ou se é o lado "você vive no Brasil, se toca".

Eslováquia pode ser "pobrinha", como dizem, pode não ter as terras que o Brasil tem, pode sder 20x menor em população que o Brasil, não ter economias como a alemã ou a francesa, mas pelo menos aqui as pessoas não se matam por um relógio de pulso, como no Brasil.

É claro que cada país teve seu passado diferente e justamente aí que mora o ponto: entender.

Querer que um país recém-comunista, sem qualquer ajuda externa (como aconteceu com a Alemanha pós-guerra), atinja patamares econômicos astronômicos em 20 anos é querer que os políticos corruptos do Brasil sumam de uma eleição para outra: é impossível.
Como disse, aqui as pessoas não se matam por um relógio de pulso por que, querendo você, liberal de direita ou conservador, ou não, o comunismo do passado ajudou a criar uma sociedade "educada" e com índice (muito proximo de) zero de analfabetismo.
Armas de fogo também não existem.

Então fica o recado: antes de falar de qualquer nação, país ou cultura, pense 10x: a sua pode ser muito, mas muito pior.

Dito.

p.s: eu não perdi minha nacionalidade. Aliás, quem viver verá que eu voltarei espantosamente mais nacionalista, como nunca viram antes....

quinta-feira, 24 de julho de 2008

3E: Eslováquia, Europa e Euro

As moedas do Euro têm um lado comum para todos os países e um outro lado "nacional", desenhado pelas autoridades locais de cada país-membro.

Estar na União Européia não necessariamente significa usar euro (€) e muito menos ter trânsito livre entre os países da união.

Tudo depende muito das realidades socio-ecônomicas dos países membros, embora algumas decisões caibam à cúpula maior.

Por exemplo, Romênia, Eslováquia, Inglaterra e Alemanha fazem parte da União Européia mas:
  • Romênia não faz parte do acordo de livre trânsito para pessoas (parte do Acordo de Schengen) e nem possui o Euro como moeda oficial;
  • Eslováquia faz parte do acordo de livre trânsito para pessoas mas ainda não possui Euro como moeda oficial;
  • Alemanha faz parte do acordo de livre trânsito para pessoas e tem o Euro como moeda oficial;
  • Inglaterra não faz parte do acordo de livre trânsito para pessoas (somente cooperações para ações policiais e judiciais) e nem possui o Euro como moeda oficial;
As razões são de fácil dedução e distintas. No caso, a Romênia e Eslováquia são países com realidades sociais bem diferentes (geralmente ditas piores que o resto do Oeste Europeu). Por exemplo, uma abertura das porteiras de livre circulação de pessoas, para a Romênia, faria com que uma penca de Romenos migrasse definitivamente para o Oeste europeu em busca de melhores condições de vida. Numa comparação meio esdrúxula, seria como os EUA abrirem a porteira para o México.
A Inglaterra, por outro lado, não adotou o Euro por que possui uma moeda mais forte (a libra esterlina) - que até hoje é mais valorizada que o Euro, embora ultimamente em desvalorização. (Sem contar o ufanismo inglês com seus símbolos nacionais, mas isso a gente deixa para lá).

Para que um país possa fazer parte deste acordo ou tenha o euro como moeda oficial é preciso que ele atinja alguns critérios estabelecidos pelo Conselho Geral, envolvendo, aí, principalmente, índices sócio-ecônomicos (inflação, desemprego, etc..).

No finalzinho de 2007 (um dia depois que eu cheguei a estas terras, dia 21/12) a Eslováquia entrou no acordo de Schengen - e, por isso, graças a Oxum, eu não sei o que é ser barrado em fronteiras. E nem imagino como era ter que enfrentar uma burocracia danada para ir "alí" visitar a capital austríaca - candidatar-se para visto de turista, esperar o visto ser expedido e AQUELE inferno consular. Argh!

Bom, agora é a hora do Euro para a Eslováquia.
Em Junho a Eslováquia recebeu o sinal verde dos Ministros da União Européia para entrar na Zona do Euro (Eurozone). Diziam, basicamente, que a Eslováquia andava em bons eixos, apresentara os índices econômicos requeridos e que atingiria a meta proposta.
p.s: a prima-irmã República Tcheca não está na Zona do Euro e a previsão para adoção é mais tardia - 2012. Até lá quem comanda é a Coroa Tcheca (CZK).

Antes, quando cheguei com euros aqui, não era difícil trocá-los por Coroas Eslovacas: tem uma casinha de câmbio a cada esquina - em Dez/07, 1 Euro era aprox. 33 SKK (Coroas Eslovacas).
Era até comum comprar coisas em grandes supermercados com euro e receber o troco em Coroas (pois a moeda oficial do país ainda é a Coroa). Tinha uma plaquinha na entrada do estabelecimento, caso ele aceitasse euros, informando a cotação usada.
Eu até usava este artifício no TESCO - uma rede inglesa de supermercados - alí na porta de casa: ao invés de ir para o centro e gastar mais de 2h para trocar Euros eu ia na esquina e comprava "uma bala". Sem contar que o preço praticado pelo TESCO era, às vezes, melhor do que os das casinhas de câmbio do centro (adicionando no "preço praticado" o inferno que seria ter que andar 1h de ônibus e mais alguns minutos a pé).

Os eslovacos temem que uma grande inflação atinja o país após a adoção da nova moeda, que é muito mais poderosa, e, por isso, uma das medidas impostas pelo governo foi o rigoroso controle dos preços para que não aconteça um boom! e o caos tome conta da economia: definiu-se um valor fixo para conversão de moedas e €1 = 30.126 SKK. E isto não muda, até o final do ano.
(p.s: isso é uma prática comum para conversão, não é exclusividade da Eslováquia)

Todos os estabelecimentos comerciais terão que usar esta taxa e os supermercados já mostram, nas prateleiras, preços em SKK e em euro, para que os consumidores comecem a se acostumar com a coisa. Nos caixas eletrônicos, quando se vai sacar dinheiro, antes apareciam sugestões pré-progamadas de valores, atalhas (por exemplo, 100SKK, 500 SKK, 1000SKK, 2000SKK). Agora elas aparecem em SKK e em Euro (o último sempre entre parêntesis).

Se você não entende uma vírgula de quanto vale uma coroa, vamos lá:

  • Primeiro: 1 R$ = 12.23 SKK (coroas) ≈ € 0.40
  • 1 Coca de 500ml (é idêntica ao do Brasil, de 600ml, porém é de 500ml) no supermercado, quente, custa: 25 SKK ≈ 2R$ ≈ 0.82 .
  • 1 Pizza congelada, no supermercado, custa 70 SKK ≈ 5.70R$ ≈ 2.30
  • 1 Big Mac, menu, médio, custa 120 SKK ≈ 10R$ ≈ 4
Quem já foi para países onde se tem o euro como moeda o pé no !@#% que é ter que ficar carregando moedas, uma vez que o menor valor em papel são €5 (€1 e €2 Euros só existem em moeda, como o Marcelo já disse aqui).

Agora imagine você como será na Eslováquia, a curto-prazo:
  • Comprar um Big Mac = 2 moedas de €2 .
  • Uma coca = 1 moeda de €1 .
  • Uma pizza congelada no supermercado = 1 moeda de € 2 + 30 cents.
p.s: se comparada a outros países do oeste Europeu, a Eslováquia é considerada um pais "barato", embora isto esteja mudando a cada dia. Vale lembrar que Bratislava não reflete a realidade do país - é uma cidade tão cara quanto outras no oeste Europeu - embora levemente mais barata.

E não é à toa que as piadas já começaram a pipocar, como esta carteira entitulada de "Carteira de Euros para Eslovacos":


Hahahaha...

Então, se você não está acostumado com o Euro quando viajar para Alemanha, França, Espanha ou Portugal, talvez seja na Eslováquia que você se acostumará (ou odiará para sempre).

Se não sabe do que eu estou falando, então venha para a Eslováquia e prepare-se! :)

No design proposto para as moedas de Euro da Eslováquia foram escolhidos 3 símbolos nacionais: uma montanha da cordilheira High Tatras - o creme de la creme turístico da Eslováquia - para as moedas de € 0.01, € 0.02 e € 0.05; o castelo de Bratislava para moedas de € 0.10, € 0.20 e € 0.50; e o brasão da Eslováquia para as moedas de € 1.00 e € 2.00. (Fonte: Wikipedia)
Confira nas fotos abaixo.



Quem sabe eu não venho parar na Eslováquia ano que vem e as conheça pessoalmente :)

Ahoj!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Sobre o reloginho


Já foram dois comentários até agora perguntando sobre o "reloginho" ali no menu da direita, né?
Não que eu esteja contando regressivamente os dias, horas, minutos e os segundos para o meu retorno, mas aquele "reloginho" alí está marcando quanto tempo falta para eu chegar na terra verde-amarela.

Eu queria mesmo só em dias, mas como é um
gadget feito por alguém, e como (quase) tudo na informática é fácil de ser preciso, o cidadão aí fez com minutos e tudo mais.

:)

Até!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Da série "Google, salve-me!": Janeiro/2008

Esteja ciente de que você sabe sobre a seção "Google, salve-me!". Clique aqui!

As 10 mais de Janeiro/2008:
  • palavras para amiga que está indo para intercambio
Essa pessoa com certeza não tem noção do que significa a palavra pessoalidade, principalmente se tratando de "amigo". Sei lá, eu sei que procuramos frases prontas para dia das mães e dos pais - parece que para estes já soa normal - mas para intercâmbio? Daqui uns dias estaremos procurando "palavras para amiga que está indo alí passar um final de semana em Ubatuba". Eu hein.
  • tudo sobre eslovaquia resumido
Se este ser for católico, ele vai para o inferno. E duas vezes, por que querer um link com tudo sobre a Eslováquia eu já considero preguiça, mais ainda, resumido? Morbidez!
  • comida que cigano come
Oi? hahaha
  • dança dos paus do carnaval na eslováquia
Dança dos paus? ME-DO! hahaha
Pior que a tradução é próxima disso. Espero que a pessoa que procurava tenha achado. Caso não, links aqui e aqui. Nome: Palicový! /palitsoví/
  • eslovaquia homens
Tá, sei. Fica a dica: "homem", em eslovaco, pode ser muž.
  • fotos de lugares com neve
Passo.
  • fotos de mulheres da eslováquia
Tá, sei. [2] Fica a fica de novo: mulher, em eslovaco, pode ser dáma.
  • nomes eslovacos
Este é interessante! Eu não postei aqui, mas na Eslováquia existe o "dia do nome". Cada nome (eslovaco) tem seu correspondente dia no calendário. Cada dia tem 1, às vezes 2, nomes. Por isso, aqui, você tem a possibilidade de fazer festa duas vezes num ano: no dia em que você nascer (aniversário) e no "dia do seu nome" - que na grande maioria dos casos não é o mesmo dia. Clique aqui pra ver a lista de nomes.
  • pais onde se fala eslovaco
A Eslováquia não colonizou nenhum país (muito pelo contrário, foi sempre explorada - principalmente pelos império Húngaro e Austríaco). Já no século XX, a Eslováquia, quando se viu livre dos impérios, tornou-se Tchecoslováquia (e a capital era Praga). Depois de tanto martírio, ela se viu independente, em 1993. Logo, o único* país que tem o eslovaco como língua oficial é a Eslováquia (país recém-criado em 1993).

* O eslovaco é reconhecido como língua oficial também na província de Voivodina (que possui 6 línguas oficiais, porém não mais de 3% da população é eslovaca).

A similaridade das línguas tcheca e eslovaca é maior que o português e o espanhol (bem mais!). Ambas são inteligíveis entre si, apesar de possuírem diferenças (às vezes gritantes, como, por exemplo, o nome dos meses). Os eslovacos, em sua maioria, entendem e falam tcheco fluentemente (principalmente por que a Rep. Tcheca tem uma influência forte sobre a Eslováquia em termos de produção cinematográfica, TV e afins. Por exemplo, os filmes que são legendados para o cinema, na Rep. Tcheca, são simplesmente importados para a Eslováquia - e eles são desde pequenos acostumados com o tcheco, por causa disso). O mesmo não vale para os tchecos: muitas vezes as pessoas (principalmente os jovens tchecos) não entendem a língua eslovaca (por não existir contato).
  • o que é que quer dizer a bandeira eslovaquia
Esta é difícil, mas já me explicaram. Ao que se parece, a bandeira da Eslováquia (na direita), se desconsiderado o brasão nela figurado, é idêntica à bandeira da Rússia (esquerda). Esta é a mais provável origem das cores da bandeira da Eslováquia. Ao procurar pelo significado das cores da bandeira russa, é falado que há divergências entre as origens, não sabendo ao certo de onde veio o que.





Search Engines

Do inglês "mecanismos de busca", isto nada mais é, no mundo da informática, que os famosos "buscadores".

Nomes como Lycos, Altavista, Cadê? e Yahoo! e MSN Search passaram (e alguns ficaram) mas, indubitavelmente, o Google é quem hoje impera neste setor.

Há algum tempo atrás instalei uma ferramenta neste blog para fazer as estatísticas de acesso do endereço, para obter informações tais como "quantos acessos ocorrem por dia" ou "quais são as palavras-chaves usadas pela pessoas que chegam até este blog".

Aí, desta última, começaram a surgir coisas interessantes - e também frases e expressões que só Deus duvida! - e eu tinha pensado em manter periodicamente um post dedicado a estas bizarrices.

Pois bem, pensei e depois nunca mais repensei. Hoje acessei um blog em que o dono faz exatamente o mesmo e aí que eu lembrei que era para eu ter feito isso há algum tempo atrás também, mas tinha esquecido!

Então com vocês, mais uma nova seção no blog: "Google, salve-me!".

Serão postadas algumas frases (ou palavras), algumas estranhas, que trouxeram as pessoas para este humilde blog e eu darei a resposta - ao nível que ela merece!
E por estranhas usarei o super-critério subjetividade (por que né? É meu blog e eu *se divirto* com ele) alinhado com a máxima da "sem-noçãozice" de procurar, por exemplo, receitas de bolo com a palavra-chave "eu não sei fazer um bolo".

Tá, que às vezes eu sôo arrogante eu já sei, mas deixe eu me divertir um pouco! :)

Mais por vir...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Paris

Post atrasado, descrevendo a viagem para Paris ocorrida entre 21 e 23 de Junho de 2008.

Para Paris vale o mesmo que valeu para o post de Londres, mesmo por que foi a mesma viagem.

Resumo da ópera: eu, osdoisnaeuropa e o irmão da Paula (que estava dando uma passada pela França, à trabalho) reviramos o que tinha de revirar em Paris, em 3 noites e dois dias, hospedados num hotel da rede ETAP ("Paris La Villette", recomendo: básico, 50 euros a diária, 1 cama de casal e 1 de solteiro - porém só podem duas pessoas por quarto - e possui uma estação de metrô há não mais de 200m).

Paris tem mais fotos que Londres, por que, você vai me respeitar, aquela cidade foi projetada para ser turística.
Tudo é grande, (quase) tudo é limpo. Generalização à parte, são vários os "tudo".

Chegamos em Paris num sábado à tarde e coincidentemente a cidade estava no período do Festival da Música (cantores, bandas, músicos em geral ocupavam cada canto da cidade. Até dentro do metrô tinha músico!).

Não sei se foi por isso ou por quê, mas Paris deu a impressão de ser mais caliente que Londres, e eu acho que não foi só impressão, por que:

1 - Em Londres existem adesivos pregados nos trens (de transporte público) pedindo para que "se converse (bem) baixo no celular para não atrapalhar o sossego dos passageiros";
2 - Francês é de origem latina;
3 - Paris é um pouquinho mais suja que Londres;

Chegamos e fomos direto ao Arco do Triunfo; em seguida, passando pela Avenida Champs-Élysées (a cute-cute avenida das lojas chiques com produtos mais chiques ainda), Grande e Pequeno Palácios e a Praça de "la Concorde", fomos parar na Catedral de Notre-Dame.
O final da tarde de sábado foi Mc Donald's no Jardim de Luxembourg e o anoitecer foi na Torre Eiffel.

O domingo foi passado basicamente dentro do Museu do Louvre. Sim, um dia inteiro dentro de um Museu e digo mais, um dia INTEIRO só passando "pra ver" o que se tinha!
Vi o sorriso-besta da Monalisa, muitos quadros, esculturas e várias coisas bizarras de arte moderna. O Pierrot estava lá também.
Neste dia, à noite, o pessoal já estava cansado mas eu ainda fui, sozinho, para a Basílica de Sacré-Cœur (mesmo sabendo que íamos fazer isto no dia seguinte) e depois dei uma descansada no Champs der Mars (o lugar onde está a Torre Eiffel).

Na segunda-feira empacotamos nossas coisas, deixamos no hotel, fizemos check-out e rumamos para a escalada à Torre Eiffel.

Paguei algo em torno de 7 euros para subir de escadas (sobe-se de escadas até o segundo "piso" e depois, para atingir o pico, somente por elevadores).
A visão de Paris pelo pico da Torre é INCRÍVEL.

De lá fomos para a Basílica de Sacré-Cœur, que tem uma arquitetura Romano-Bizantina MUITO diferente das toneladas de igrejas góticas da Europa.

Já tinha dado a hora de irmos embora, então fomos para a estação de trem e mesmo estando lá quase 2h de antecedência, fizemos o check-in no guichê da Eurostar faltando apenas 10 minutos para embarque, e, como eu estava igual um desenbestado, sai correndo para não perder o trem e acabei deixando osdoisnaeuropa para trás. Eles perderam o trem e acabaram chegando 1h depois.

No mais, aproveitem as fotos :)

Ahoj.



Dia daqueles..

Se tem uma coisa que eu não erro é quando eu falo "hoje não, hoje não é o dia para se levantar da cama".
Existem os dias de se acordar cedo, tomar café, fazer exercícios, sair correndo atrasado e o dia em que você não quer levantar. Ontem foi este dia.
Mas sabe como é, tem que trabalhar, né? Então lá vamos nós.

Peguei carona com o Alex até o trabalho dele e de lá eu peguei um bonde.
Como os bondes estavam atrasados, acabei pegando outro que não o de costume e tive que parar em outro ponto, para pegar um ônibus.
O ônibus não veio. Andei 5min até o próximo ponto de ônibus. Olhei as horas no relógio, comparei com a tabela: okay, vem em 3min.
Passam-se 5 minutos, nada. Passam-se 10 minutos, nada. Passam-se 15 minutos e um rapaz vai conferir o horário na tabela novamente. O rapaz olha com cara de "Oi? Não to entendendo?", uma senhora exclama algo (em eslovaco, óbvio) para o rapaz. Eu não entendo (óbvio 2) e o rapaz soca o quadro de acrílico com a tabela de horários, e sai.
Passam-se 20 minutos e eu já era para estar no trabalho, mas não, ainda estava há 30 minutos dele.
Pego outro ônibus e paro num ponto de bonde aleatório. Meu bonde diário chega. Cheguei no trabalho era 10:15h.

Com aquela cara de revoltado, chego no trabalho esperando por um "Como vai?" para soltar um "Muito puto!". O "Como vai?" chegou e o "Muito puto!" saiu.
Conversa vai, conversa vem, descubro que ontem começaram as férias escolares e a frequência dos ônibus muda (e a tabela de horários que eu teria que olhar também!).

Não feliz, o dia acaba com uma chuva, comigo no meio da rua, tentando achar uma loja de materiais para construção para comprar uma roela de borracha para o chuveiro.

É óbvio também que hoje eu estou com a garganta arranhando e que em breve eu ficarei com a garganta inflamada.

E Praga vai bem, obrigado.

p.s: fiz o post sobre Londres, aqui.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Praga reloaded

Bom, naquela viagem para Viena, a Alla, uma eslovaca muito gente boa amiga do Alex, nos convidou para visitá-la em Praga "qualquer dia desses".
"Qualquer dia desses", para mim, é quando eu não tenho nada programado para fazer e "tenho" dinheiro, então "qualquer dia desses" vai ser este final de semana!
Diferentemente da última vez que fui para Praga, desta vez serei mais local (e menos turista), uma vez que a Alla mora em Praga há bastante tempo ;)

Fui para Praga!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Liberalismo é relativo

Ontem fazia 32ºC e recebi um convite inegável: ir a um lago que tem aqui perto do aeroporto de Bratislava, a 10min do centro, e ainda poder nadar.
O nome do lago é "Zlaté Piesky", um nome que, traduzido, vira um convite: "Areias Douradas".
Muitas pessoas já tinham me falado deste lago (talvez pelo fato dele ser acessível, através do transporte público, a qualquer um que resida em Bratislava - como disse, mesmo não ficando no Centro ele fica mais perto do Centro do que onde eu moro), que possuía águas límpidas, com restaurante e uma ilha no meio.
Aquilo me soou como o paraíso e só pensar que eu poderia chegar lá a partir de casa tornou o convite mais inegável ainda.

Chegamos (eu, Alex e um amigo dele) era 15h e o sol queimava a pele.
Estacionamos o carro e seguimos andando por 5min.
Ao chegar no local exato, se não era para minha a minha surpresa, metade (ou muito mais que isso!) do público estava nú! Ah, o que eu fiz? Eu ri! Óbvio! hahahaha

"Tudo mundo" esta careca de saber que o Brasil é vendido para o exterior como o país paraíso. O melhor lugar do mundo para se conseguir a combinação sol, praia e etc. O apelo ao sexualismo. O lugar onde tudo pode acontecer. Bumbumlandia, e afins.
Se você não sabe disso, bom, agora você sabe. E é óbvio que isto é um estereótipo.

É um estereótipo por que como pode o Brasil ser considerado "país-paraíso" se as mulheres andam de fio dental na praia e ao mesmo tempo, tratar de assuntos como "nudez" ou tocar na palavra "pelado" é ainda um tabú em muitas famílias?
É claro que isto tem variante: falar "pelado" numa família tradicional não soa como "pelado" numa família liberal (mas aí eu digo liberal MESMO)? Mas mesmo assim, eu ponho minha mão no fogo que em mais de 80% dos casos, se falada, o clima muda, o silêncio toma conta e a novela das 8h fala mais alto.

É claro também que eu tenho teorias e a maioria delas recai sobre a velha e tão falada (e já cliché) hipocrisia, mas deixa pra lá. (ok, eu paro, prometo não falar a palavra "hipocrisia" nos próximos 3 posts ;) Mas é fato.

Voltando ao lago nudista, eu me senti no piscinão de Ramos (sem nunca ter sequer pisado lá).
Descobri que o lago não é necessariamente nudista. Digamos que ele é "amigavelmente nudista". E esta metade em que estávamos é pública (a outra é particular e paga-se para entrar e me parece que as pessoas mantém as roupas por lá haha).
Onde estávamos era: se você se sentir confortável, você tira as roupas. Se não, você fica na sua. Tinha gente 100% nua, gente com shorts (eu e os outros dois), moças de top-less e etc.
Passada meia-hora, a imagem do "piscinão de Ramos" da minha cabeça mudou. Admirou-me a naturalidade das coisas, principalmente por se tratar de um lago cravado DENTRO da cidade (o que é totalmente oposto ao Brasil em que este lugares, apesar de existirem, ficam em universos paralelos, praticamente), num país tão católico quanto o Brasil e por ter um público tão variado frequentando: famílias inteiras, jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, sem distinção alguma. Tudo muito na etiqueta!

No começo eu fiquei chocado por que, querendo ou não, minha criação, apesar de não ter sido "tradicionalista" também não foi tão "liberal" - apesar de eu me sentir bem confortável em conversar sobre isso com qualquer pessoa eu nunca tinha ido num lugar assim, vai!
E foi por essas e outras que talvez eu não fiquei nú, não me senti confortável. Não considero errado ou falta de pudor - mesmo por que isto é meramente cultural e puro conceito enraizado na sua cabeça - mas não se muda uma cabeça da noite pro dia (ou melhor, numa virada de pescoço!)

Eu só sei que foi engraçado, muito engraçado mesmo, me ver em uma situação daquelas!

Conclusões:
  1. Isto só me fez pensar que eu tive choques culturais de inverno e primavera - e o verão está só começando.
  2. Depois de 5h naquele lugar, fio-dental para mim virou adereço islâmico, hahaha!

Fique com fotos do lugar (inclusive uma tirada do celular, ontem - hahaha).

Cau!


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Londres

Saí do trabalho na terça-feira, dia 17/06, e fui direto para o aeroporto.
O aeroporto de Bratislava é bem pequeno (foi a primeira vez que pisei lá, visto que todas as viagens de avião que fiz por aqui foram pelo aeroporto de Viena), se brincar tem o tramanho do aeroporto de Cuiabá.
Não tive nenhum problema de check-in, foi tudo bem rápido e quando vi já estava na sala de embarque.
Carimbo de saída no passaporte e lá vamos nós.

Duas horas depois eu pousava em Luton, cidade a 50km de Londres, ao norte desta.
O ônibus me deixaria na Victoria Train Station e lá mesmo eu encontraria a Paula.

Meu ônibus chegou pela parte histórica de Londres, passando por tudo que eu tinha na cabeça: ônibus vermelhinho, cabines telefônicas (também vermelhinhas), uma arquitetura "escura" e aquele clima "1800".

Londres é velha, mas é limpinha.

Londres é diversa, é tão diversa que costuma-se brincar que lá não existem ingleses. Sem sombra de dúvidas o que mais "se destaca na multidão" são os indianos, apesar de brasileiros também serem uma "praga" por lá.

O passei incluiu os pontos clássicos: Piccadilly Circus, Trafalgar Square, Regent Street, London Eye, Casas do Parlamento, Palácio de Backingham, parques (Greenwich, St James e Hyde) e Museus (de História Natural e de Ciência).

Eu queria mesmo é ter tempo para escrever o que foi esta viagem, as peculiaridades e as bizarrices (inlcuindo aqui ter que ir numa escola de informtática com a Paula e chegando lá estar a polícia londrina fazendo batida haha), mas como eu já não tenho muito tempo para isso, fique com as fotos:



quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sinal de vida



Estou parcialmente vivo.
Foram 6 dias andando mais de 10 horas por dia. Meu pés estão um caco mas a cabeça agradece o boom que só Paris e London juntas podem dar.
Não sei quando terei tempo para postar as mais de 1500 800 fotos que tirei e relatar todo o itinerário, mas eu posto.

Volto já.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Happy Birthday

Então eu falei que não voltaria aqui até semana que vem mas hoje é dia especial, então corri aqui e lá vai:

HAPPY BIRTHDAY, FATHER!!!

Feliz aniversário de Londres, por isso foi em inglês!


p.s: quando eu voltar pra Bratislava eu ligo e dou um feliz aniversário digno!!!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Londres e Paris



Tirei férias de 5 dias na EMM, agora só tenho mais 1 dia de férias por direito.
Amanhã eu saio de Bratislava no fim da tarde e vôo para Londres.
Fico até sexta-feira na casa do "os dois na europa", entre andadas e mais andadas pela capital inglesa.
No sábado a gente pega o trem-super-rápido da Eurostar (aquele que passa pelo Canal da Mancha) e desembarcamos para 3 dias e 2 noites em Paris.
De volta a Londres, na terça-feira de manhã, pego meu vôo de volta e chego em Bratislava às 12h.

Sendo assim o blog fica em hiatus até eu voltar de viagem e tiver tempo de escrever tudo.

Au revoir!

sábado, 14 de junho de 2008

Slovenský Raj

Slovenský Raj significa "Slovak Paradise" ou "Paraíso da Eslováquia" e é nada mais nada menos do que uma cadeia de montanhas localizada na região central do país.

O Alex, eslovaco que mora comigo, tem uns amigos (eslovacos) que moram na Austrália e nesta semana que passou eles vieram visitar a terra-natal e tinham uma viagem agendada (há alguns meses) para o Slovenský Raj. Aí eu fui convidado para ir junto, na semana passada, bem assim de última hora.
Na semana passada meu chefe falou para eu tirar férias - por que eu vou embora em Agosto. Bom, juntei a fome com a vontade de comer e tirei a segunda, terça e quarta-feira de folga e fui.

Alugamos uma casa de campo para duas noites, em 6 pessoas.
O programa era andar: andar, andar e andar. Ou fazer hiking, ou, em português, trilhar.
O lugar fica a 5h (de carro) de Bratislava. Chegamos na segunda-feira às 13h, almoçamos e saímos para andar.
Pausa: já faz um tempo que era para eu ter escrito isso, mas agora que aconteceu eu lembrei de novo. Existe um "que" popular na Eslováquia de que depois de comer (almoçar, por exemplo), se você andar, faz bem, ajuda na digestão. E aí que isso é totalmente oposto ao que se fala no Brasil, onde após almoçar você DORME, na maioria das vezes. Sem contar sua mãe, quando você era pequeno, que mandava você sair do sol, parar de correr, sentar e sossegar o faxo após o almoço...

Bem, foi então que depois de ter me empanturrado de batata frita com frango empanado, não mais que 15min depois, o grupo levanta e fala: "Então, vamos?". Meus olhos saltaram!
Eu falei "não", "não posso", "não dá", "vou morrer" hahaha mas não foi suficiente. E eles comeram tanto quanto eu. Não acreditara no que ia acontecer... mas enfim.
Começamos a andar e obviamente eu passei mal, 30min depois. E as pragas ainda andavam, felizes! Pedi para esperar, sentamos, passamos meia-hora quietos e voltei ao normal.
E o que isso me faz concluir? Que isso só pode ser adaptação - e que na verdade tanto faz. O ponto é que eu não estou adaptado a isso - eu quero minha ciesta!!!

Enfim, no primeiro dia andamos 15 km, em 6h. JE-SUS, nunca andei tanto de uma vez só!

À noite acendemos uma fogueira, tostamos umas salsichas e nos esbaldamos em pão com mostarda (de verdade!). Eu entrei na Coca-Cola enquando os pinguços foram de Becherovka (um alcool forte - próximo de vodka - feito de ervas). Outro beberam vodka mesmo.

Acordei no outro dia reclamando de "dor" por exaustão (também, sedentário igual a mim está para nascer!). O Peter, Alex e Martin estavam bem acabados também, então optamos por uma trilha mais "leve", de 10km.

Foi um caminhar mais agradável, desta vez menos íngrime e com váááarias cachoeiras, escadas e degraus para se arriscar. Isso tornou a caminhada mais dinâmica e nem vimos o tempo passar.

Bom, para se ter uma idéia do paraíso, eu deixo as fotos abaixo ;)


domingo, 8 de junho de 2008

Cherries!


- Toc, toc. - vizinha bate na porta.
- Alex, trouxe aqui umas cerejas que pegamos no quintal da casa de fulano. - diz a vizinha.
- Muito obrigado! - diz Alex.


Simples assim.

Aí você pára e pensa: eu já vi cerejas? (desconsiderando aquelas na ponta do sunday).

Viena

Ontem eu fui para Viena, meio assim, de bobeira.
É, bobeira por que Viena fica a uma hora daqui e a maneira que fomos foi, assim, de "bobeira".
Uma amiga do Alex, a Ala, eslovaca mas que hoje mora em Praga, chegou em Bratislava para um festival e fazia tempo que eles não se viam. Chegou sexta-feira à noite ela propôs que fôssemos a Viena. Então tá, né? Não conheço Viena mesmo...
Em Bratislava estava tudo muito nublado e isso me motivou a não levar minha câmera fotográfica - nem me arrependi, leia mais para saber o porquê.

Viena é simplesmente linda! Cidade encantadora, com arquiteturas variadas, muita gente (de todo canto) e prédios imponentes (e antigos!).
Para mim o mais belo prédio é, sem dúvidas, o prédio do Parlamento. É óbvio que eu, fã absoluto de arquitetura neo-clássica (ahhh, eu HEI de visitar a Grécia ainda!), sou suspeito, mas eu deixo aqui uma foto (dessas que tem as pencas pela internet) só pra você babar.



A igreja (primeira foto a seguir) também é fantástica. O prédio da Casa de Ópera (segunda foto a seguir) também. O Museu de História Natural (terceira foto a seguir) também. Enfim, tem muitos, mas muitos prédios impressionantes.


Fonte: Wikipedia

Agora vem a parte realista da coisa (e o porquê de eu não me arrepender em não ter minha máquina fotográfica em mãos): a Áustria (e a Suiça) estão neste momento sediando a Copa Européia (pra eles é como se fosse a Copa do Mundo pro Brasil - aí eu me pergunto como será a Copa do Mundo para eles). Carros com bandeirinhas por todos os lados, váááárias caras pintadas com bandeiras - de diferentes países. Enfim, um furdunço. E bem por acaso, ontem foi a abertura, ou seja, o primeiro dia, então tinha gente por tooooooooooooooooooooooooooda a cidade - inclui-se aqui turistas e locais. Para ajudar, o parlamento (o bonitão lá de cima) estava todo cercado (por cercas mesmo). Vários outros prédios (de se cair o queixo) também.
Tinha polícia em cada canto da cidade.

Aí a Ala comentou comigo que tudo está armado para esquema anti-terrorismo, que a cidade nunca foi cheia de policiais e que aquelas cercas nunca estiveram lá. Imagino...

As cercas também serviam para limitar um espaço com telão, onde os fanáticos (depois de passar uma revista ferrenha que não permitia bandeiras, objetos de vidro, ferro e etc) por futebol se aglomeravam para ver a abetura oficial, que ocorreu em Basiléia, na Suiça.

A gente foi pego bem de surpresa e eu fiquei muito é estressado por ter que ficar me desviando de bebâdos e quase-hooligans com caras pintadas (nenhuma alusão a Collor, por favor) e vestidos com bandeiras. Credo!

Então está escrito nas pedras: volto à Viena quando este projeto de Copa do Mundo acabar, quando o parque estiver aberto e tudo estiver sem cercas, em Julho! :)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Resposta ao passado

Eu lembro muito bem.

Era meu segundo dia morando na capital mato-grossense.
Era um domingo. Eu acordei no apartamento vazio que esperava a mudança chegar, num colchão, onde hoje é a sala. Minha mãe ouvia rádio. Ela ouviu meu nome.
Com um pouco de espertesa eu consegui pegar dois ônibus para ir até a UFMT ver o resultado do vestibular.
O que interiorano não esperava era o nome dele na lista de aprovados para o curso de Ciência da Computação. A sensação foi de "trabalho cumprido".

Eu também lembro muito bem de outro dia. O sol não brilhava tão forte como de costume e o tempo era meio nublado em Cuiabá, eu estava sentado no sofá da então agora sala, assistindo TV, e com o coração na mão escutando a notícia: "Hoje, último dia de matrícula para os aprovados em primeira chamada na UFMT". E do mesmo jeito que eu ouvi aquela notícia eu permaneci durante o dia todo: não me matricularia para o curso de Ciências da Computação.

Cinco anos se passaram desde então: naquele mesmo ano eu entrei no curso preparatório (famoso cursinho), viajei alguns milhares de quilômetros até o Sudeste brasileiro para fazer provas de vestibular, mudei-me para Itajubá e, hoje, estou quase me formando em Engenharia da Computação, o curso que justificou a minha desistência à vaga na UFMT.

Eu não sabia o que eu estava fazendo, não tinha dimensão da importância da escolha, naquela época. Até hoje não posso mensurá-la, mas não me arrependo.

Pelas pessoas que conheci. Pelas fases que enfrentei. Pelas descobertas. Pelo futuro. Arrisque.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Rotina

Bom, após 3 meses de trabalho posso, agora, com mais colhão, falar de rotina.

O trabalho exige 40h semanais, de segunda a sexta.
"Ah! São 8h por dia então..". Não.
Não são 8h por dia por que eu posso chegar a hora que eu quiser (entre 8h e 10h) e ir embora a hora que eu quiser (sem restrições).
A restrição é cumprir as 40h semanais.
É claro que se você tem que participar de reuniões em grupo, compromissos, etc.. você não fica tão livre assim, mas, digamos que, para trabalhos individuais, você está livre para fazer seu horário.

Dependendo do humor eu acordo em algum lugar no período do tempo entre 7h e 7:30, me arrumo, viajo uma maldita hora até o outro lado de Bratislava e chego no trabalho entre 9h e 9:30h (por que eu odeio acordar cedo - e não me venha com lição de moral! haha).
Tentando cumprir 8h diárias (para não sobrecarregar os outros dias), consequentemente eu saio do trabalho entre 17:30 e 17h.

Chego em casa em torno de 18:30h.
Dá tempo de tomar banho, comer algo, bater um papo com o Alex, ir no supermercado, talvez passear na cidade ou fazer alguma obrigação e, sem mais nem menos, já são 21h. Aí é se preparar pra dormir. Agora que o verão está quase "aí", o sol se põe às 21h - no verão ele se porá às 22h.

Lá pras 22h-23h, dependendo do que se passa na internet, TV e sala, eu vou dormir.

E lá se vai mais um dia...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Écati!

E foi meio aleatoriamente que eu fui ler notícias ontem e me deparo com essa: "Governo apresenta novas imagens para maços de cigarro".

Ah, se você não viu ainda, se prepare. Se tem estômago fraco, nema arrisque!

Clique aqui e pense duas vezes antes de fumar....


sábado, 24 de maio de 2008

Eu assumo


Eu escuto Bossa Nova. Falei.
Sem entrar no mérito se é boa bossa nova, clássica ou de qualidade, pois eu ainda não estou podendo! haha

E foi preciso sair do Brasil para saber que Bebel Gilberto, Bossacucanova, Mario Adnet, Pedro Paulo Malta e Alfredo Del-Penho fazem música boa.
E quem diria que um dia eu ia colocar Fernanda Porto no meu mp3player... quem diria.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Faz-me rir



Como princípio moral pessoal, eu não discuto religião e nem política. Não discutiria futebol também se eu gostasse. Mas para tudo tem um limite.
Acho que a única coisa que me faria pronunciar tamanha estapafúrdia seria: cegueira, a hipocrisia ou a burrice. É sério. O mundo (e este Cardeal faz parte do conjunto) está cansado de saber que isso tudo de "homossexuais proibidos em mosteiros e afins" é BABOSEIRA. Tem, e de monte. Sempre teve, e sempre terá. E podem baixar decretos lei, carta santa e água benta.
(E não me pergunte como eu sei disso! haha)

O pensamento é tão retrógrado que vai de encontro com direitos humanos, constituição federal e tudo mais. Imagine o cidadão que não for aprovado na ordenação por causa de uma "séria dúvida a respeito"? Igreja Católica leva um processo muito do bem levado e eu vou é rir.

Pior, né? O Brasil, que é supostamente um país laico, não ia deixar isto acontecer (vide as frasesinhas em repartições pública com alusão ao catolicismo).

E o que isso tem a ver com a Eslováquia?
Bom, por aqui é tudo muito igualzinho: muitos católicos (69% da população, contra os 74% do Brasil), muita gente dando nó em pingo d'água e, não querendo ver aquilo que está na frente dos próprios olhos. Há anos. E o pensamento estagnado, retrógrado, "é assim por que é assim e está escrito", típico.

Amém!
(que, aqui, nada mais nada menos significa "assim seja")

p.s: desculpe se soou ofensivo, era para soar mesmo.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Global Peace Index 2008

Traduzindo, "Índice de Paz Global 2008".
É um ranking elaborado desde 2007 que tem como objetivo classificar os países do mundo de acordo com a "paz".
A metodologia leva em consideração 24 critérios, dentre eles:
- Nível de crime violento;
- Número de homicídios;
- Número estimado de mortes em guerras externas;
- Número de guerras lutadas, interna e externamente;

Interessante é que a Islândia é o país "mais pacífico", enquanto a Eslováquia fica em número 20, na frente de países como Brasil (90º) e Estados Unidos da América (97º).

Interessante também é o Brasil na frente dos EUA como país mais pacífico. A segurança interna nos EUA é, sem dúvidas, maior que do Brasil, porém nós não somos uma nação-pentelha-sanguinária-sem-noção.

Mais interessante é que somos a nação mais rica na América Centro-Sul, porém ficamos atrás de Chile, Uruguai, Cuba (!!!) e outros países que temos o preconceito de chamar de "ralé".

E um "viva!" aos índices.

Fontes:
http://www.visionofhumanity.org/gpi/results/rankings/2008/
http://en.wikipedia.org/wiki/Global_Peace_Index
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_Global_da_Paz

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Cosmopolita


Aí o cidadão me liga:

- Blablablablablabla ykiry bla! - em eslovaco.
Não, peraí. Isso não soa eslovaco.
- Tiry krý skvrt lkkt sävkl! - em eslovaco. Agora sim.
- Sorry, I don't speak Slovak! - Eu não falo eslovaco!
- Krý skvrt sävkl? Klaý kluhe vikyrí AIESEC bliv'r okubý jolí pobori tiririri lililililililililili parfum.
_ Are you going to deliver the perfume? - Você está indo entregar o perfume?
_ Okay, dobré!

Pronto, era o cara do perfume. Dobré? Como assim dobré (ok, em eslovaco), se eu não entendi nada?
Comprei um perfume pela internet, ótima oferta: entrega em domicílio em 1 dia, sem custo adicional. Como ninguém pára em casa, assim como fiz com todas as minhas outras correspondências, mandei enviar para a AIESEC (MC). Restava saber o que ele queria.

_ Michal! Save me! Crazy people calling me! - haha - Michal, me salva. Tem um louco me ligando.
Eis que o Michal, eslovaco que trabalha comigo, liga para o sujeito e após 3 min de conversa:

_ Hahahaha! Tri, ki, bli, kri! - tirando sarro numa insinuação nipo-eslovaca.
Eu com cara de interrogação.
_ What is going on? - Que sucede? - pergunto.
_ The guy is probably from Vietnam or China because he had strange slovak accent! - O rapaz é provavelmente vietnamita ou chinês pois tinha um sotaque eslovaco estranho!
_ Oh, that's why, then!
- retruco - That's why I couldn't understand his slovak! - Ah! Então é por isso que eu não consegui entender o eslovaco dele! - Em tom irônico.

Eu, brasileiro, comprando perfume norte-americano, numa loja online da Eslováquia, falando inglês e tentando entender um entregador vietnamita que fala eslovaco?

É muito pra minha cabeça...

Workaholic? Moi?

É óbvio que eu fui falar com o big boss esses dias e ele compreendeu minha angústia haha.
É óbvio também que agora eu estou "atolado" de coisa para fazer por pelo menos duas semanas (prazo de entrega do relatório e pré-projeto pedido).
Sem termos técnicos, eu vou ficar off por esses dias, por que eu tenho que me mudar no final de semana, aí vai ser uma sééééérie de arrumações por conseguinte e o trabalho não vai pegar leve.
Eu não reclamo não, eu gosto. Aceleraaaado sempre foi meu ritmo ;)

Conclusão: eu to vivo. Se eu não estiver eu volto aqui pra avisar.

Čau!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pensamento do Dia

Meu chefe "não me quer". Fui, numa tentativa frustrada, tentar falar com ele que há duas semanas eu já cansei de ler sobre ferramentas de desenvolvimento e eu quero é PRATICAR, ter problemas, criar. Já cansei de ver a cara do Wordpress, Blogspot, GTalk, MSN, Skype, Orkut, Facebook, UOL, The Guardian, BBC News, WNews, IDGNow, SBC Notícias - resumindo "dar F5" no meu gerenciador de feeds. Mas o cidadão "anda muito ocupado".
Vou mandar ele pastar lá na Pindorama!
Ele vai é pagar meu salário mensalmente para eu ler as 407 páginas do livro "Os Cem Melhores Contos de Humor da Literatura Universal", que eu baixei aqui? Azar dele!

Editado 10 minutos depois: Aí eu achei este link aqui. Agora estou em dúvida se leio o supracitado ou "Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século".
Editado 40 minutos depois (é que são taaaaantos livros!): achei "200 Crônicas Escolhidas de Rubem Braga".

Que crueldade!

Tudo isso por que eu tenho essa natureza recalcada de fazer tudo (ou quase tudo) direito. Ou pelo menos tentar. Ou pelo menos ficar puto se não sai bem. E poupem-me os comentários de que este statement não soou nada modesto, problema é seu.
Se eu não faço, eu fico com um pulga atrás da orelha, tipo meu TD - trabalho de diploma - que tá num certo patamar inaceitável para os modelos de qualidade. Mas aí é outra história.

A propósito, alguém me alembre: o que eu vim fazer aqui na Eslováquia mesmo?

Eu quero é ver o que eu vou escrever no meu relatório de estágio, que baixe o Espírito Santo da Embromation.

Amém!

Ahhhh, vai para a Pindorama!


Slovakia, Eslováquia ou Slovensko?
Germany, Alemanha ou Deutschland?
Latvia, Letônia ou Latvijas?

Quem nunca se perguntou que raios são estes nomes, qual nome é certo, qual nome é errado e so on? Eu não sei se é por que agora, por morar no meio da Europa e conhecer gente de tudo quanto é canto (e tentar achar isso no mapa de vez enquando, em Inglês), eu vivo me perguntando:
"Deveria eu falar Slovensko ou Slovakia? Ou Eslováquia?".
"Estudei geografia por trocentos anos e nunca ouvi falar de Latvia, pelamor! Tô burro?"
Se você nunca se perguntou, dá uma olhada neste mapinha aí do lado.

Foi ontem, depois de alguns minutos de filosofia deitado na cama e olhando para o meu dicionário sobre minha escrivaninha que eu li: slovensko-anglický. Ou, em português, eslovaco-inglês.
O tópico voltou à tona, aí eu tive que pesquisar.

Exônimo é o santo nome. Endônimo é o oposto.
Exônimo "
é um nome pelo qual um nome próprio é conhecido em outra língua que não aquela(s) falada(s) nativamente. Em outras palavras, exônimos são nomes estrangeiros para nomes próprios, especialmente para topônimos, ou seja, nomes de lugares geográficos. Por exemplo, os nomes Londres, Moscou e Pequim são exônimos em português respectivamente para as cidades de London, Москва (Moskva) e 北京 (Běijīng), cujos originais estão em inglês, russo e chinês." (fonte: Wikipedia).

Alguns fatos que eu achei curioso:
  1. "(...) os exônimos seguem a lógica da língua do observador, muitas vezes completamente diferente do idioma nativo do local batizado: por exemplo, a cidade italiana Firenze é chamada de Florença em português, Florence em inglês e Florencia em espanhol, cada uma seguindo um padrão de nomenclatura que "faz mais sentido" em sua língua."
  2. "(...) um mesmo lugar pode ter versões não-cognatas (ou seja, que derivam de raízes etimológicas diferentes) até em línguas próximas. Por exemplo: os nomes Alemanha (português), Alemania (espanhol), Yr Almaen (galês), Almanya (turco) e Allemagne (francês) são aparentados, enquanto Germany (inglês), Guermaniya (russo, búlgaro) e Germania (italiano) pertencem a outro grupo, que por sua vez contrasta com Nemačka (sérvio), Nemecko (eslovaco) e Németország (húngaro) e ainda Tyskland (dinamarquês, sueco) e Duitsland (holandês), estes cognatos do endônimo alemão Deutschland."
  3. Em eslovaco, Brasil é grafado "Brazília" e soa exatamente como o nome da capital, Brasília.
Adendo sobre o fato número 3: certa vez uma eslovaca me perguntou:
_ "Are you from Brazília?", mas como eu não sabia deste pequeno detalhe, isso soou como "Você é de Brasília?"
_ "No, I'm from a city nearby São Paulo." (Sou de uma cidade perto de São Paulo).
É claro que ela ficou com uma cara de borracha. Aí a cidadã retruca.
_ "But isn't São Paulo in Brazília?" (Mas São Paulo não é no Brasil?)
Até cair a ficha foi meia-hora. Culpa dela (lógico!) que não sabe falar Brasil em inglês! hahaha

Eu fui lendo, abrindo links, links e mais links, acabei no site da ONU (Group of Experts on Geographical Names) e também no site do Working Group criado para regulamentar este tópico e tudo mais. Como eu acho que só eu e mais 2 gatos pingados devam estar interessados nisso, sem mais delongas.

Eu achei legal este tópico, principalmente por que ele é inteiramente relacionado com sensibilidade cultural e linguística. Se você analisar bem acabamos por entrar no tópico de tolerância cultural e afins. Imagine você falando com um eslovaco que adora morar na Slovensko?
Ou vai me dizer que você não vai achar estranho se um eslovaco virar para você e falar que está adorando a viagem em Brazília mesmo estando numa praia no nordeste?

Aí enquanto estivermos no nosso querido alfabeto (ou algo próximo disso), eu quero aprender a falar o nome do país na sua forma endônima (nome nativo). Por que chamar Pequim de 北京 e Moscou de Москва, aí não dá. Pelo menos por enquanto. Quem sabe quando eu aprender cirílico?

E viva ao Esperanto!

* p.s: Pindorama, do tupi "terra das palmeiras", é como o Brasil, ou melhor, as terras que hoje formam o Brasil, eram chamadas pelos nativos que alí viviam.

Leia mais a história toda sobre exônimos, críticas e opiniões aqui. Google também é sempre bem-vindo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Eslováquia: Centro

Quinta-feira, 8, foi feriado (Dia da vitória sobre o facismo - fim da Segunda Guerra Mundial na Europa) e eu tirei minha sexta-feira de folga. Emendei.

Começou que na quinta-feira eu experimentei caracol. Com alho e queijo. Eu confesso que quase tive um trem quando eu vi aquilo. E nem foi eu quem pediu, eu tava é na minha comendo batata com frango. Foi o Alex, louco, quem pediu. Aí eu experimentei, claro. Preconceito pra que?
Não foi ruim. Aliás, é estranha a textura mas o gosto é razoável (também, com alho e queijo qualquer coisa desce!).
Adendo: Alex é um dos eslovacos fora do ciclo AIESEC-trabalho-estrangeiros que eu conheci, conforme relatado aqui. Ele trabalha na T-Mobile, num cargo estranho que eu não consigo definir em inglês, mas é algo na área Marketing. O mais bizarro deste cidadão é que ele escutava música popular brasileira (bossa nova, PASME!) e não sabia que era brasileira. hahaha

Na sexta-feira fomos eu, Alex e Miro (amigo do Alex), de carro, para o centro da Eslováquia. Fazer o que? A princípio, fazer programa de índio. Muito ar fresco, cidadezinhas (vilas?) e natureza!
Programa de índio só se for por 4 dias, no máximo! Não tem jeito, aí eu estresso. Até hoje eu não sei como eu consegui morar por 18 anos em Mirassol D'Oeste, juro. Deve ter sido alguma espécie de transe.

A paisagem daquela região é muito montanhosa, parece o trajeto São Paulo-litoral paulista, com
os "mares de morros", muito verde.

Acompanhe as fotos aí:










Atualizações: depois de muito procurar e não achar um lugar decente pra me mudar, aceitei a proposta (sim, proposta por que o ap. dele é pequeno e tem que se fazer alguns ajustes lá!) do Alex e estou indo morar na casa dele. Ainda temos que fazer alguns ajustes lá no ap. dele, mas no máximo esta semana eu estou em casa nova. Aleluia!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Da série testes: "Que bom filme é você?"

E foi assim, navegando pelos inúmeros blogs do mundo digital e traído pela futilidade que eu me rendi ao "teste".





Você é "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" de Jean Pierre Jeunet. Você é engraçado(a), original. Uma pessoa leve e maravilhosa de se conviver.

Faça você também Que bom filme é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia



Amelie Poulain??
Adoro!!!!!

Democracia não!

Eu juro.

É sério e eu não estou brincando! Como já cansaram de falar por aí (1, 2), deixar o povo escolher alguma coisa é sempre uma CACA. E quando "povo" que dizer "povo brasileiro", só existe uma palavra que brota em minha cabeça: CACA GRANDE!
Eu participei da promoção para dar o nome a nova empresa aérea brasileira (não está sabendo? que feio! clique aqui) e infelizmente o nome (AirBrasil - sim, claro que é em inglês! ) que sugeri não foi para a lista dos 10 selecionados (mas estão na lista dos 100 hoho).
A CACA foi que dentre os nomes pré-selecionados (Alegria, Abraço, Azul, Viva? E outras abominações), o que ganhou foi o mais bizarro: Azul.

É sério. Por que tanta democracia? Não precisa!

E o que mais me revolta é que o ganhador vai voar pelo resto da vida, de graça, na Azul.
Deveria é ser presa, isso sim.

Imagine o diálogo:
- Fui para Pelotas de Azul.

Antes fosse "de Rosa", pelo menos geraria publicidade espontânea.

Falei.