quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O fim do fim existe?

Acordei melhor que ontem, mas ainda assim a garganta está arranhando e estou espirrando! :(

Hoje eu me mudei.
Agora moro num ap. com mais 6 pessoas, do MC da AIESEC Eslováquia. Vou dar uma mão numas coisas por aqui..
O lugar é melhor em termos de infra-estrutura, perdendo somente pelo fato da internet não ser muito boa. Coisa boa é o supermercado na esquina de casa! Ae! Coisa ruim, além da internet, é que fica mais longe que onde eu morava. Ou seja, eu morava no fim do mundo. Agora moro um pouco mais para lá! Detalhe para o tempo que eu vou levar de onde moro até onde trabalho: 50min! ARgh!

Hoje eu também fui na EMM (empresa em que vou trabalhar). O propósito foi esclarecer qualquer dúvida remanescente em relação ao trabalho e agendar o começo do meu trabalho para quarta-feira. Isso mesmo! Quarta-feira eu começo a trabalhar ;)

Amanhã cedo eu vou na polícia para ver se meu visto já está pronto. Segundo eles, há duas semanas atrás, estaria pronto em 10 dias. Vamos ver..

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Alemanha: Karlsruhe, Stuttgart e Heidelberg

Objetivo

O objetivo era ir para Karlsruhe, visitar a Carol e rever o Patrick, como já dito aqui.

A teoria

Ida: O plano era sair de Bratislava na sexta-feira (22) às 5:15h, chegar em Viena às 6:15h. Pegar um avião de Viena para Stuttgart às 6:50h, chegar em Stuttgart às 8h.
Como minha carona só sairia de Stuttgart para Karlsruhe às 16:30h, fiz um plano simples para passar o tempo em Stuttgart: sair do aeroporto, pegar o ônibus 212, trocar pelo ônibus 70 e ir à torre de televisão (a primeira torre de TV em concreto do mundo). Ficar na torre de TV um tempo e estar às 16:30h na estação de trem/metrô "Vaihingen"e pegar a carona para Karlsruhe. Chegar na Estação de trem de Karlsruhe às 18h, no máximo e encontrar com a Carol.

Volta: Sair de Karlsruhe na segunda-feira (25) às 17:19h, chegar em Stuttgart às 18:36h. Bater um papo e descontrair a vida com o Conrado, conhecer a cidade, voar de volta para Viena às 8h na quarta-feira (27), chegando às 9:10h. Pegar ônibus para Bratislava e chegar às 13h!

Simples!

A prática (ou "A história")

Sexta-feira: Chegando em Karlsruhe
Sai de Bratislava na sexta-feira, de ônibus, era 5:15h da manhã. Destino: Viena.
Cheguei era aproximadamente 6:15h, fiz o check-in e embarquei às 6:50h sem problemas, sem verificações de visto, passaporte, encheções de saco com imigração ou afins. Afinal, estamos em Schengen. Aleluia. Meu vôo saiu sem atraso e tudo correu bem no ar. Aterrisei em Stuttgart, como planejado, às 8h.



Já no aeroporto avistei a saída para o transporte público. Aí já começaram os entraves: mudar a cabeça de Inglês/Eslovaco para Inglês/Alemão. "Obrigado" não era mais "Ďakujem", era "Danke schön". "Com licença!" não era mais "Prosím!" e sim "Entschuldigung!".
Achei que ao chegar no aeroporto eu ficaria dando voltas e voltas até achar o ponto de ônibus exato para pegar o número 212, mas, inacreditavelmente, o ônibus estava alí, há menos de 20 metros da primeira porta em que sai. O display anexado a um poste na calçada avisava a saída em 2 minutos. Corri.
O diálogo com o motorista foi desconfortante, "Wohin?" e eu: "ahhmm...hummm...aaahmm.." demorei para pegar o papel no bolso da jaqueta, faziam 13 graus, não estava muito frio.
"Plieningen", disse eu, com o alemão enferrujado. E o motorista retrucou: "Zwei euro". Dois euros.
Subi no ônibus e fui, sempre atento ao ponto de parada. Começaram a aparecer vários "Plieningen" e eu já estava começando a ficar incomodado. É que se a região se chamava "Plieningen" e cada ponto naquela região iria começar com Plieningen, só que eu, após a pesquisa em casa, ao invés de anotar "Plieningen Post" anotei só "Plieningen". De tão aflito, chegou no próximo ponto eu decidi descer. Ainda era Plieningen.
Olhei no ponto de ônibus, tinha escrito "70", o ônibus que eu tinha que pegar para dar continuidade. Como em Bratislava, os pontos de ônibus de Stuttgart também têm a tabela com o horário em que o ônibus passará. Faltavam 3min. Esperei. Esperei. Esperei. Esperei.
Esperei.
Bom, você chega na Alemanha, que é conhecida cultural e mundialmente por seu neurótico sistema de horários, é sua primeira vez no país. O que você faz? Acha estranho, lógico!
O casal chinês que estava no ponto de ônibus tentou me falar alguma coisa, apontaram a tabela para o 70 e o 78 (acho) e disseram "Não" com o dedo indicador. Mas foi tudo muito rápido, eu não entendi. Eles estavam entre tentar me falar alguma coisa e tentar embarcar no 212 (vindo no sentido contrário). É claro que eles escolheram embarcar.
O outro sujeito no ponto de ônibus que esperava o 70 junto comigo e com o casal chinês desistiu. Em 3 segundos ele sumiu. Não consegui perguntar nada para ele e no fim estava eu sozinho no ponto, no "Enden der Welt" - fim do mundo! - de Stuttgart! Coloquei minha mochila nas costas, peguei minha mochila de mão e andei até o "Plieningen Post". Esperei o 212 de novo. Detalhe que este ônibus só passava de 40 em 40 minutos!
Este era um ponto mais movimentado, parecia o "centro" da região. Tanto que tinham mais pessoas e segundo as plaquinhas no ponto, tinha mais umas 3 linhas passando ali.
Comecei a observar que as pessoas estavam começando a ficar impacientes, olhando no relógio, olhando na tabela de horários. Algo de errado acontecia.
O 212 chegou, eu embarquei. O senhor que estava do meu lado, vestido com traje social, simulou um embarque e pediu informação ao motorista. Tudo que consegui entender da conversa foi: "Siebzig? Heute nicht!" (Setenta? Hoje não!).
Tive um momento "Aha!" e até fiquei feliz por estar voltando para o aeroporto (e não ter continuado parado lá no ponto esperando o 70). Por que não tinha setenta? Será que era feriado? Será que aquele ônibus não operava exclusivamente no dia 22? Enfim, eu tinha mais com o que me preocupar, afinal, ainda eram 11h e eu tinha que esperar até 16:30h para pegar minha carona.
Cheguei novamente no aeroporto e dessa vez o problema era entender o sistema de transporte Metrô-Trem-ônibus.
Fui até a máquina, como todo nerd (e com um menu em inglês) somente pela intuição eu cheguei
no menu para escolher a origem (Flughafen - aeroporto) e destino (Estaçã Vaihingen).
Eu ainda tinha 5 horas, mas resolvi ir até o local para saber como era, se eu ia precisar de 30 minutos só para atravessar a estação, ou se o lugar é um caos, essas coisas.
Acabou que gastei 20min para ir do Aeroporto ao ponto exato que eu deveria encontrar o cidadão que ia me dar a carona. "Que cidadão?" - pensa você. Eu também não conheço! :) Na Alemanha existe um sistema de caronas online: você vai no site e coloca de onde e para onde você está indo, quantos lugares existem sobrando no carro, etc.. e as pessoas procuram no site, entram em contato e marcam o lugar pra pegar a carona. E funciona. Bom, pelo menos foi o que me disseram. Mitfahrgelegenheit.de é o website (Mitfahrgelegenheit significa "Carona", em alemão).
Okay, então eu ainda tinha mais de 4h para fazer nada. Decidi dar um rolê pelo centro de Stuttgart. Não quis gastar muito tempo (e dinheiro!) por que eu sabia que na segunda-feira eu ia voltar para Stuttgart e queria fazer um city-tour, ou seja, não queria estragar a surpresa. No caminho para a estação central pedi informação a um rapaz que estava sentado na minha frente. Conversa vai conversa vem, comentei que tinha planos de ir na torre de TV mas que não deu certo por causa do ônibus. Aí ele comentou que o transporte público em Stuttgart estava EM GREVE! "É brincadeira com a minha cara, só pode! haha" pensei baixo! Ponte que partiu!
Enfim, continuei, dei uma volta ao redor da estação central de trem e voltei ao ponto de encontro da carona. Fiquei zanzando pela estação, para passar o tempo.
Fato engraçado neste momento: estava eu "brincando" na máquina de ticket (brincando por que eu queria saber "quanto custava" ir de vários pontos da Europa para outros vários pontos da Europa, então eu ficava vendo na máquina haha) e uma mulher se aproxima. Ela dizia algo como "Sonnstag" (Domingo) mas eu não entendia nada além de Sonnstag! Daí eu falei: "English?" e ela "No!"; "Spanish?", ela balança a cabeça com um sinal negativo. Pronto, ferrou. Portugues que não ia falar, né! Mas eu tentei: "Portuguese?" e ela: "Sim!!!!!".
Ahhhh não é possível! Eu comecei com Alemão e fui parar em Português!
Enfim, no final das contas começamos a conversar, ela se chama Ana Paula, brasileira, e mora na Alemanha há um pouco mais de 2 anos. É casada com um alemão. Ela estava alí esperando o marido dela. Conversamos cerca de 40 minutos, trocamos nomes, ela me convidou para ir jantar na casa dela quando eu voltasse. Minutos depois, quando pensei que ela já estaria em casa, aparece ela e o marido dela. Ela o trouxe para me apresentar. Casal muito simpático!! E ele até falava português! haha Foi engraçado.
Minutos depois (era umas 16:15h), fui para o ponto exato onde a carona me buscaria. Esperei. Esperei. Esperei. Quando deu 17:30h eu estressei! Como assim!
Fui para máquina de tickets, me aventurei para tentar entender qual trem eu deveria pegar e depois de perder quase 20 minutos tentando adivinhar QUAL tipo eu deveria pegar, com preços variando entre 44 e 22 euros, tomei a decisão mais coerente: comprei o mais barato! haha
Eu já sabia que eu não essas siglas de trem, até aqui na Eslováquia eu apanho para usar isso!
Para se ter uma idéia do que estou falando, na Alemanha os trens (e suas siglas) são:
  • ICE (InterCityExpress)
  • TGV (do francês "train à grande vitesse" - high-speed train)
  • IC/EC (Intercity/Eurocity)
  • IR (Interregio)
  • IRE (InterregioExpress)
  • RE (Regional-Express)
  • RB (Regional-Bahn)
Fonte: DB.de
Os dois primeiros são muito rápidos, e, consequentemente, caros.
No final das contas eu acabei comprando um IC/EC.
Como nem tudo são flores, sai de Stuttgart às 19:01h com previsão de chegada às 19:53h. É claro que a Carol queria me matar, principalmente por que meu celular estava morto e eu não achei ela em casa até 18:55h (por que ela ia sair do trabalho e ir direto para estação me pegar).
Cheguei, liguei para casa dela e me avisaram para ficar lá esperando ela que ela apareceria.
Enfim, após 5 minutos ela apareceu! :)
Esperamos dar 22h pois o Patrick chegaria neste horário. E chegou, sem atrasos. De lá fomos para um pub, comer. Lá eu experimentei cerveja com sprite! É até bom, melhor do que cerveja pura ;P





Sábado: Sightseeing in Karlsruhe

Só este dia já valia a viagem toda! De manhã saiu AQUELE sol de país tropical, a cidade toda estava nas ruas, até sorveteria abriu! Estava em torno de 18 graus (calor!!!!!!). Todos dizem que este inverno é um inverno atípico, nunca se fez tanto calor nesta época do ano...
O plano para sábado era fazer uma macarronada no almoço, sair para conhecer a cidade e à noite ir para uma pré na casa da brasileirada - sim, tem uma comunidade imensa de brasileiros naquela cidade, IM-PRES-SIO-NAN-TE! - e depois ir para balada (Eu, Carol, Patrick, um indiano conhecido da Carol e a Morgana).
Fatos curiosos da cidade de Karlsruhe é que a cidade não é muito grande, mas tem bastante serviço. O planejamento da cidade de Karlsruhe é interessante. No centro estaria o castelo e as ruas se erradiariam a partir dele. Foto abaixo:

Nós passamos a maior parte do tempo no centro, depois fomos à região do castelo.
Quando próximo das 5h fomos para uma torre, chamada Turmberg (Torre do morro/montanha). Quase morremos pra subir a escadaria toda! Mas valeu a pena....
Lá para umas 21h a gente foi para casa dos brazucas. Nada demais: vinho, cerveja, queijo e pães. Tinha mais de 10 pessoas naquela casa, porém somente alguns animaram para ir para balada, visto um grupo de pessoas tinha ido esquiar e estavam quebrados. No dia seguinte ainda tinha Heidelberg ;)



Domingo: Sightseeing em Heiderberg

Heidelberg é uma cidade a aprox. 1h de Karlsruhe, muito perto.
Compramos o ticket de grupo (27 euros, para 5 pessoas, incluindo ida e volta, exatos 5.4 euros por pessoa). É bom ficar esperto com essas coisas, quando for viajar em grupo, compensa mais...
Eram duas levas: os que ficaram e os que foram na balada (bem sugestivo! haha).
O combinado era pegarmos o trem na estação central (Hauptbanhof) às 10h, porém o senhor atrasadinho aqui atrasou o grupo todo e perdemos o trem por 1 minuto.

Heidelberg é conhecida, entre os alemães, por sua beleza. Dizem ser uma das mais belas cidades da Alemanha (difícil é saber quais critérios estão usando aqui!). Eu posso dizer que a cidade é muito bonita sim, mas assim como quase todas as cidades da Europa: muitos castelos, muitas igrejas, muita história. Aparentemente o que diferencia Heidelberg é o acesso a uma vista estonteante ao seu vale que se forma ao longo do rio Neckar.

Chegamos era em torno de 12h e já chegamos comendo: pão, queijo, presunto/salame e coca-cola! Viagem de estudante low budget é isso aí! haha

O tour incluiu os pontos clássicos da cidade: Das Heidelberger Schloss (O Castelo de Heidelberg), os jardins reais, o Grande Barril (das Große Fass), Heiliggeistkirche (Igreja do Espírito Santo), construções históricas do centro, Der Philosophenweg (O caminho dos filósofos). Tudo isso com muita batata da perna!!! :)

Em relação ao tempo, domingo foi melhor que sábado: muito sol!!!!
Acabamos o dia na beira do Neckar, junto com centenas de outras pessoas que aproveitaram o solzão para fazer um exercício, jogar frisbees, passear com o cachorro, namorar ou simplesmente dar um sorrisão!

Fiquem com as fotos..


Segunda-feira: mais sightseeing em Karlsruhe e chegada em Stuttgart

Patrick e eu (só nós dois por que a Carol teve que ir para o trabalho!) acordamos umas 11h e fomos andar em Karlsruhe, sem rumo.
Pegamos uma rua no centro da cidade e fomos descobrir o que Karlsruhe escondia dentro das ruelas e bairros mais "afastados".
Muita tranqüilidade e um clima de interior foi o sentimento que eu tive.
Paramos em uma floricultura para comprar tulipas e deixar de presente para Carol. Infelizmente eu não a veria mais, pois sairia de Karlsruhe para Stuttgart às 17:15h e ela só chegaria do trabalho às 18:30h.
Patrick me arrastou para um supermecado (um mini-mercado, na verdade), experimentei "Ayran", uma bebida turca, uma espécie de um iogurte com água e sal. Não é ruim, mas ainda bem que o Patrick me avisou antes de eu beber que era salgado, por que eu ia quebrar a cara na expectativa, com certeza! Comprei a camiseta do KSC (Karlsruhe Sport Club) para o Wellison, depois paramos num Kebap para comer algo bem junk food turco!
Patrick e eu comemos um Lahmacun, e como meu alemão não é aquela beleza, o Patrick que fez o pedido. Era apimentado, não insuportável, estava bom. Depois o Patrick disse que ele pediu o meu "com pouca pimenta" e o que dele estava "normal"! Nem imagino!!! haha






Às 17:19 eu fui para Stuttgart. Como escrevi aqui, fui surfar no colchão do Corrá.
Ele combinou de me pegar na estação de trem, às 18:40h. Às 18:40h ele estava lá.
O Conrado é Engenheiro Mecânico na Mercedes, mas trabalhava na Daymler-Mercedes - POR ISSO ele dirigia um PT Cruyser (preto)!
Tem 35 anos, é solteiro e é muito jovem! Sempre rindo, conversando, descontraído..
Chegamos na casa dele (um ap., na verdade) não muito mais que 19h. Ele me apresentou a casa: uma sala de TV, uma biblioteca-bar-sala de jogos, uma cozinha, dois quartos e dois banheiros. Tudo distribuído em dois andares. Lugar muito aconchegante!
Bebemos duas cervejas (sim, como disse, ando experimentando cervejas por aqui). Rothaus, cerveja da região da Floresta Negra (Schwarzwald) - onde o Marcelo está morando.
Logo depois fomos para casa de dois amigos dele, dois espanhóis. Jantamos frango, batatas, legumes e um molho Roquefort. Estava muuuuuito bom!!! ;)
Depois do jantar, fomos embora.
Ao chegar em casa o Conrado me deu uma dica de rota turística de um dia em Stuttgart: ir para o centro da cidade, passar umas 2h por lá e depois passar umas 4h pelo Museu da Mercedes. Sim, 4h dentro de um museu :)
Já que o host sugeriu, vamos seguir... ;P

Terça-feira: sightseeing em Stuttgart e Museu da Mercedes Benz

Acordei era 9:30. Na verdade era 8:30, mas minha cabeça doía e eu senti que uma gripe estava por vir. Também pudera, andei igual camelo no sábado e domingo, no sol, gripe era o de menos.
Tudo que eu queria era ficar na cama, dormindo, até melhorar. O Conrado já tinha saído para trabalhar (às 7:30h) e voltaria só às 18h.
Era meu primeiro (e único!) dia em Stuttgart, isso significava que eu não podia fazer corpo mole, então levantei, tomei um banho e fui para o centro da cidade.
Stuttgart é linda. Tem cara de cidade, tem feeling de cidade grande e ao mesmo tempo é organizada como cidade pequena. O centro é recheado de prédios e construções antigas, com misturas de vários tipos de arquitetura. De um lado o castelo antigo, com uma arquitetura Barroca (beeeeeem cara de gordinho!) e do outro o Königbau, imponente num estilo clássico (Greco-romano). Aliás, classicismo é minha praia, eu realmente viajo quando vejo um prédio com arquitetura clássica.. mas enfim.
Comi um pizza sentado na escadaria do Königbau, fiquei observando o pessoal andando para lá e para cá na Schlossplatz e rumei para o museu da Mercedes.
Se tivesse um verbo para descrever isto tudo eu usuaria "andar". Andei igual burro de carga!!!
Nas fotos abaixo veja o centro de Stuttgart + região próxima ao museu (Daimler Stadión).





O Museu da Mercedes Benz é simplesmente fantástico.
Stuttgart é a cidade mãe da Mercedes-Benz e é onde se localiza o headquarter da Daimler AG.
O prédio foi construído em 2006, tem uma arquitetura moderna de cair o queixo.
Para estudantes a entrada custa 4 euros, em torno de 10R$.
Na recepção você ganha um navegador (um PDA com dispositivo wireless - bluetooh/RdA/etc), fones de ouvido e um cordão personalizado da Mercedes-Benz (este último fica para você, de brinde).
São 5 andares (se eu contei direito...), todos contando um pedação da história.
"História de carros ou história da civilização?". Os dois.
No começo você conhece quem foram Karl Benz, Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, passa pelas maiores descobertas dessas três personalidades e em paralelo há histórias, em contexto (como a Primeira Guerra Mundial, Guerra Fria, etc..).
É a história do mundo como conhecemos com foco no desenvolvimento automobilístico.

Curiosidade: Você sabia por que o símbolo da Mercedes-Benz é uma estrela com 3 pontas?
É dito que as três pontas simbolizam a habilidade dos motores para o "céu, água e terra".

Você vê de tudo, desde o inventor da gasolina (benzin), até quando a Mercedes-Benz tornou-se líder na preocupação com a segurança automobilística - e hoje uma referência neste quesito.

A verdade mesmo é que você sai do museu com vontade de comprar um Mercedes-Benz! haha

Ah! Eu digo que 4h foi o suficiente, com um pouquinho de pressa, pois eu queria ouvir todos os áudios e ver todos os vídeos disponíveis haha valeu (demais) a pena..



Cheguei em casa às 18h, o Conrado chegou logo em seguida.
Ele tinha uma lasanha pré-pronta: esquentou e jantamos.
Ficamos batendo um papo até 22h, pois eu tinha que acordar cedo para pegar meu avião...

Quarta-feira

Acordei cedo, o Conrado tinha acordado já, pois ele sai cedo para trabalhar também...
Eu me despedi, agradeci a hospitalidade e fui para o aeroporto.
Ao contrário da ida, a volta foi tranqüila. Cheguei em Viena às 10h, como programado, peguei ônibus para Bratislava às 11:45h e cheguei em Bratislava por volta das 13h.



Weee :)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Wi-fi Zone

Não tenho nem palavras.
Cheguei de Nitra era tarde da noite, umas 23:30, aproximei-me do elevador e lá estava o adesivo pregado na parede.
Não acreditei. Como uma imagem vale mais do que mil palavras, aqui vai:


Tem wi-fi no dormitório agora!!! :D


Choques culturais. Isso significa que eu em alguns momentos da minha estadia em Bratislava/Eslováquia/Europa, eu me senti numa situação nova ou diferente da acostumada no Brasil. Algumas delas são normais e você encontrará sempre que pisar aqui, outras são só diferenças que ocorreram algumas vezes, não em geral...
Mesmo tendo a palara "choque", não significa que o que vem adiante são coisas ruins, nem mesmo grandiosas. Pelo contrário, muitas delas, são choques positivos e outros foram só insights.


  1. Colocar moedas em carrinhos de supermercado e de aeroporto e retorná-los após o uso;
  2. Ter um chuveiro móvel e não um chuveiro pendurado na parede = tomar banho com uma mão só!
  3. Ter o toilet separado do bathroom, significa que você não toma banho no mesmo lugar em que você #%#$...
  4. No transporte público, ter que entrar pela porta de trás e marcar o seu próprio ticket;
  5. No transporte público, a inexistência de cobrador;
  6. No transporte público, ter uma tabela de horários com exato momento em que o ônibus passa em cada ponto de ônibus;
  7. Comer batatas como se fosse arroz;
  8. Comprar água gaseificada ao invés de natural - e ter que achar 1 marca sem gás entre 999 marcas com gás;
  9. Numa lanchonete, fazer o pedido, pagar e não precisar pegar recibo para retirar o seu pedido 5 minutos depois;
  10. Num pub/bar, se acompanhado de algumas pessoas (5, 6 pessoas), todos fazerem o pedido ao mesmo tempo;
  11. Pagar por sacolas plásticas no supermercado ou quando não carregar as coisas na mão (por que eu não carregava uma sacola comigo e nem queria comprar sacolas hahaha);
  12. Ver pessoas carregando pequenas compras de supermercado nas mãos;
  13. Andar em elevador sem porta interna;
  14. Estar batendo um papo com alguém e de repente o cidadão assoa o nariz em alto e bom som. E parece que nada aconteceu.
  15. Sempre que visitando alguém, ser bombardeado por ofertas: deseja beber algo? Chá? Vinho? Cerveja? Vodka? Água?
  16. Jogar papel higiênico na privada (p.s: e depois disso, agora eu não me conformo em acumular papel higiênico usado em um cesto haha)
  17. Correr atrás do sol = se o dia for ensolarado, correr para o parque, piscina pública ou lago para tostar!;
  18. Após o almoço, fazer exercícios leves (como andar ou subir 4 andares pela escada) e argumentar que faz bem para digestão (hey, no Brasil a gente come e depois dorme!);
  19. Bancos abertos ao público até às 21h, de segunda a domingo!!!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

CouchSurfing - Capítulo 1

Jovens adoram viajar, isso é um fato. Se for estudante, o orçamento é menor e a viagem é quase sempre a mesma coisa: não importa o hotel, pode ser até um sofá na casa de um amigo por umas 3 ou 4 noites, o que importa é se divertir, conhecer lugares, pessoas e expandir horizontes.
O tempo passa, você envelhece um pouco, sai da universidade mas para algumas pessoas este espírito continua.
Quando não é um amigo, é amigo de um amigo, ou alguém que seu pais conhecem, ou amigo de um amigo de um amigo que seu outro amigo conhece e no final das contas você acaba na casa de um estranho (os famosos conhecidos, na cultura brasileira). O que importa é ter um teto para dormir, compartilhar pensamentos e opiniões, ampliar seu networking, visitar novas cidades, sendo no seu país ou não.
E tem também aqueles (eu!) que adoram receber visitas e não se importam com amigos de amigos de amigos na sua casa por um final de semana ou alguns dias.
Agora imagine isso tudo online, numa comunidade onde as pessoas se comunicam e podem referenciar pessoas, deixar referências de como foi sua experiência quando ficou na casa de fulano ou até mesmo referenciar e deixar depoimentos sobre alguém que hospedou. Pessoas com a mesma idéia de compartilhar e tornar o mundo um lugar mais livre e culturalmente mais flexível, onde o que importa é
compartilhar pensamentos, momentos e entender mais da cultura alheia e, claro, oferecer um teto :)
Esta é a idéia do CouchSurfing.com (Couch - sofá, surfing - surfando), uma comunidade online onde isso tudo e muito mais pode ser concretizado.

Eu, particularmente, acho a idéia fantástica. O site oferece algumas ferramentas de segurança, baseado em níveis de confiança. A base da verificação de confiança é a veracidade do endereço da pessoa. Com base em um pagamento (algo irrisório se comparado com os benefícios que você terá), no Brasil cerca de 20R$, você recebe uma carta no endereço registrado no site e com um código nesta carta você termina seu processo de registro. Pronto, você tem o nível mais alto de verificação.
Para complementar isto, você pode ser referenciado por outros membros da comunidade, podendo tanto ser pessoas que você conhece pessoalmente até pessoas que você hospedou ou foi hospedado. Sem comentar de depoimentos que você pode escrever, algo mais pessoal, deixando detalhes de como você conheceu a pessoa e quais foram as experiências que você teve com ela. Algo positivo é sempre bem-vindo, claro, mas existem alguns comentários negativos também (aí vai de você confiar na pessoa que foi "negativada").
Também andei sondando com alguns amigos como é a experiência e confiança no sistema, alguns deles me disseram que é algo realmente impressionante, tendo usado (e surfado) por mais de um ano.
Leia mais sobre o CouchSurfing aqui.

Segunda-feira eu estou indo para Stuttgart, ficarei no "sofá" da casa do Corrá, um Engenheiro Mecânico de 35 anos (viciado em carros).
Neste momento você, brasileiro perseguido pela insegurança, deve estar me chamando de LOUCO e lunático haha mas isso é muito comum na Europa, espero que possa ser no Brasil também.
Na página do Corrá pode-se ver que ele já hospedou dezenas de pessoas, entre elas um brasileiro. Eu entrei em contato com este brasileiro, ele disse que o cara é gente boa, tranquilo e hospitaleiro, como quase todo membro do CouchSurfing.
Era o que eu já esperava..

Quita-feira da semana que vem eu chego e termino este capítulo, darei mais detalhes...

Fiquem com algumas fotos de Nitra, onde tenho passado meus últimos dois dias (muito bons, por sinal!) com AIESECers.

Até mais e CouchSurfing por um mundo melhor!!!







segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Spare time...

Hoje vou para Nitra, uma cidade a 1:30h de ônibus de Bratislava.
Isso faz parte da nova responsabilidade que eu peguei: MC CEED em Projetos.
MC significa escritório nacional. CEED significa, na AIESEC, um intercâmbio interno para algum membro ensinar ou aprender sobre determinado assunto em outro escritório (seja no mesmo país ou até mesmo em outro país). Geralmente é usado estrategicamente pelos escritórios para intercâmbio de informação e reciclagem de conhecimento. Por causa deste CEED eu também vou mudar do lugar onde moro para um flat (apartamento) onde moram os outros integrantes do MC. Todos moram e dividem o apartamento, atualmente, em 6 pessoas. Todos são eslovacos, com excessão de uma garota da Romênia. Minha mudança esta prevista para até dia 29/02 (data limite para eu entregar o dormitório).

Volta de Nitra na quarta-feira à noite, quinta-feira eu arrumo minhas coisas e na sexta eu vou visitar a Carol (trabalhou comigo em Itajubá por alguns meses em 2007 como Vice-Presidente de Finanças). Ela está fazendo intercâmbio pela AIESEC em Karlsruhe, na Alemanha. Finalmente vou conhecer, como diz o Marcelo: "a terra da batata, da cerveja e das mulheres de peito grande e zero de bunda"!
Volto dia 27/02, então não esperem muitas escritas até lá ;))

Ah! Sexta-feira eu fui ver o estado do meu visto e as notícias são promissoras: meus papéis já foram processados, não foi identificado nenhuma pendência e só esperam agora pela assinatura do chefão da polícia. Deram prazo de 10 dias, então quando eu chegar da Alemanha eu volto lá :)

Até mais...

Quebra-língua

Se fosse em português ou até em inglês, seria trava-língua. Mas como é em eslovaco/tcheco, eu prefiro subir o nível.
Passagem de avião, ida e volta, com direito a hospedagem por um final de semana em Bratislava para quem conseguir pronunciar isso. Da maneira certa, é óbvio.

Significa "Enfie o dedo na sua guela". (Não é brincadeira!!)

Sim, não tem vogais.
Sim, é impressionante.
Sim, eu não sei falar isso haha

Ah! Antes que eu esqueça, isto é um trava-língua para os nativos também. Agora imagine você, BÊBADO, falando para o seu amigo BÊBADO: Strč prst skrz krk! Strč prst skrz krk!

HAHAHAHAHA!!!

Se estiver curioso quanto a pronúncia, clique aqui. Leia mais aqui.


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Estar na Europa é...

... estranho.

Calma, é um estranho bom. :)

E eu não estou só na Europa, estou no centro da Europa. Por mais que Alemanha, França, Reino Unido e afins sejam as potências européias, elas não estão no centro demográfico geográfico da Europa.
A Eslováquia, com toda sua timidez, leva o título de "Coração da Europa" e isso não é à toa.

Estar no coração da Europa é:

- Olhar para direita e ver Budapeste, na Hungria;
- Olhar para esquerda e ver Praga (Rep. Tcheca) e Munique (Alemanha) bem alí;
- Olhar para aos seus pés e viajar aos finais de semana para Viena, na Áustria;
- Pensar em ir para Wroclaw, alí na Polônia (mesmo sendo frio do cão!);
- Pensar em por o pé na Ucrânia, nem que por um instante, por curiosidade;

Estar no centro da Europa é estar dividido entre o novo e o velho mundo, acender uma vela e clarear àquela parte do mundo que algumas pessoas não querem ver.

Estar no centro da Europa é conflitante, principalmente para quem vem de um país onde o certo é o puro e novo, o capital e a riqueza.

Estar no centro da Europa é se dividir, físico e monetariamente, para estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

Estar no centro da Europa é duvidar do que você acha que sabe.

Estar no centro da Europa é bom, muito bom.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Conferência nacional, brazucas, eleição para MC mais..

Você pode estar se perguntando por onde tenho andado. Estou sumido, assumo.
Semana passada entrei em mais uma: ser um dos facilitadores da conferência nacional da AIESEC na Eslováquia. Eu e mais de 15 pessoas, entre elas romenos, eslovacos e mais brasileiros! :)

As conferências da AIESEC aqui não são muito diferentes das do Brasil, tem apenas algumas diferenças, modestas.

Eu gostei muito de trabalhar na entrega de sessões, de trabalhar com pessoas totalmente diferentes, de rir muito com os outros brazucas que apareceram por lá, de dividir quarto com o chair da Romênia, festejar com a eleição de um brazuca para o escritório nacional da AIESEC na Eslováquia, enfim, foi bão demais :))

Foi TANTA coisa que eu não conseguiria resumir em um post. Na verdade eu conseguiria sim, mas ia me tomar algum tempo. Então vou só deixar alguns hightlights.

  • Conferência para mais de 200 pessoas em uma cidade a 1h de ônibus de Bratislava;
  • A conferência durou 5 dias: de quarta-feira a domingo;
  • O chair foi da Romênia;
  • Outros quatro brasileiros apareceram por lá: 2 trainees que estão na Polônia (um de Salvador e outro de Vitória, ambos fazendo intercâmbio pela AIESEC, 'course!), a Helena (Leleh), CEEDer em Poprad e a Bárbara, MC na Rep. Tcheca;
  • Fizemos festa brasileira, com muita chateação e música de carnaval haha ah! Ensinamos os eslovacos a dançarem "Lapada na Rachada"!;
  • Letícia, da AIESEC em Porto Alegre, foi eleita MC VPX na Eslováquia.Ela deve chegar em Maio. Isso significa que ela será a responsável direta por todas as questões relacionadas a intercâmbio em nível nacional, em toda Eslováquia, de Jul/2008 a Jul/2009;
  • Brasil foi a segunda maior delegação da conferência, com 5 pessoas. Pela primeira vez alguém bateu os romenos! Eslováquia = centenas, Brasil = 5, Romênia =3! uhuuuu!
  • Conheci mais uma penca de pessoas;
  • Há alguns dias eu dei um depoimento e uma foto para o VP de Comunicação. Escolheram a conferência nacional para fazer o release do novo material de comunicação para o processo seletivo entre estudantes e eu fiquei famoso na conferência haha Detalhe: isso também significa que eu vou ficar com a cara estampada em sei lá quantas universidades na Eslováquia, num cartaz de 80x40cm. Sem contar os panfletos..
É isso, deixo vocês com fotos e alguns videos...

Para mais de 1500 fotos, clique aqui!!!

Ahoj!


Cartaz promocional







segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Quem mexeu na minha manteiga?

Pássaro ou rato, eu ainda não sei, só sei que comeram minha manteiga.
Acordei sábado, abri a janela, peguei a manteiga e PÁ! Susto..


Estou indignado com os animais do século 21: MANTEIGA???