quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Natal e Ano Novo

Hey people! :))

Vou ser breve pois tenho só alguns minutos de bateria.

Escrevo do Mc Donalds, de algum sinal de internet perdido, como sempre.

O Natal foi um "feriado". Eu dormi demais e esqueci de ligar para o Vaco, pois ele tinha me convidado para ir não sei onde. Final da história: fiquei em casa.

Sorte que trouxe alguns filmes, acabei vendo uns 6 filmes em dois dias, 3 deles a trilogia do Senhor dos Anéis (até que enfim eu vi tudo!! haha).

Vou viajar dia 29, vou para uma cidade a Leste da Eslováquia e esta festa de Ano Novo promete, segundo os AIESECos daqui.
Provavelmente eu não volte até dia 02 de Janeiro, então ótimo Ano Novo a todos!!!!

Grande abraço...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Curiosidades

  • Macarrão Instantâneo

O macarrão instantâneo aqui na Eslováquia é bem parecido com o brasileiro (famoso miojo), exceto que:

1. Pede-se para colocar 400ml de água para fazer 60g de macarrão;

2. Um pacote com 60g de macarrão instantâneo custa aprox. R$ 0.53 e não tampa nem o buraco do dente;

3. No sachê de tempero, além do pó, vem também alguns pedaços de vegetais (cenoura e coisas verdes) – tem a cara dos legumes do Cup Noodles (Nissin) – e este tempero é consideravelmente apimentado se você não fizer nestes 400ml de água (acredite em mim!);

4. Além do sachê mencionado acima, vem também um sachê com óleo – é supostamente isto que caracteriza o sabor do seu macarrão, se é de frango, atum, camarão, etc..

Eu diria que isto se extende à Húngria e Rep. Tcheca também, pois são idiomas que constam no verso da embalagem.


  • Window Fridge

Para os que não acreditaram que as janelas viram geladeiras, segue foto que eu tirei da entrada do prédio dos dormitórios. Tem um tênis alí também, bizarro!

  • No meu segundo dia eu fui comprar uma passagem de ônibus em uma máquina de tickets. Eu não sabia usar e as instruções estavam em eslovaco. Um rapaz e uma garota me ajudaram. Andei uns 400m, estava parado na calçada esperando o semáforo para pedestres ficar verde. Já havia passado quase 10min. De repente o rapaz que me ajudou a usar a máquina vem correndo em minha direção, pensei: “Pronto!”. Ele parou e falou: “This is yours!”. E me entregou uma moeda de 0.20 euros (aprox. R$0.60). Brasileiro fica assustado com essas coisas, claro!
  • Tem-se a impressão de que 80% da população em Bratislava fuma. Amém. L



Quem fica parado é poste!

O centro (ou centro velho) de Bratislava é consideravelmente pequeno e você consegue andá-lo em alguns dias, dependendo do ritmo até em 2 dias. Digo dependendo do ritmo por que tem muuuuuuuitas lojas, cafés e pubs, todos situados em ruas e diversas vielas no calçadão (acho só é permitido pedestres nestas ruas, embora volta e meia apareça um perdido de carro – geralmente para abastecer os estabelecimentos). Existe outro centro, centro novo ou Petržalka, e eu só sei que fica ao sul, mais nada.

Eu andei o centro em 3h! Era véspera de Natal, tudo (ou quase tudo) estava fechado e eu só fui andar mesmo para não ficar parado em casa. Dá para ver, pelo mapa, que eu não andei por todas as ruas e nem passei por todos os pontos. Nem era a intenção..

Para não ficar grande isto aqui, e, consequentemente, chato, vamos fazer da seguinte maneira: abram o mapinha em uma janela separada aí (segure o shift ao clicar) e acompanhe a sequência de fotos. Em cada foto tem um número e quer dizer que é o mesmo número de onde eu tirei a foto, no mapa.

Saí de casa era 10h, cheguei de ônibus na ponte nova (Nový most) em 20min. Este é o ponto de partida e ponto de chegada, é aqui que eu pego ônibus para voltar para casa também. Na verdade o ponto de chegada (e o ponto de ônibus!) é na avenida, mas enfim.

Atravessei a rua, andei sobre o gramado molhado do viaduto para tirar uma foto do castelo e da Catedral St Martin – fotos marcadas com 1. Eu ainda não fui visitar o castelo (nem a catedral), vou tirar mais tempo para isso pois pelo que li tem bastantes coisas para se ver lá. Aproveito e incluo neste tour a visita aos museus (tem vários!) e a outros lugares que não estavam abertos hoje. A título de curiosidade, este castelo abrigou o trono da realeza Húngara quando Budapeste foi invadida pelos turcos. Na foto, a parte de trás do castelo.












Pontos do trajeto (ou fotos) que merecem comentário (clique para ampliar):

· Ponto 1 (Catedral): St Martin’s Cathedral (Catedral St Martin). Foram coroados, nesta catedral, 11 monarcas húngaros (10 reis e uma rainha).

· Ponto 2: Plague Column (Coluna de Praga).

· Ponto 3: Holocaust Memorial (Memorial do Holocausto)

· Ponto 6: FALA SÉRIO! Hahahaha! Já é a segunda vez que eu vejo estes índios perto do TESCO! São a maior atração no centro, as pessoas páram para apreciar a música “a la” música dos Andes. Até que é legalzinho som deles, mas definiticamente aqui seria o último lugar que eu imaginaria encontrá-los. Dêem um look nos cidadãos.

Ah! TESCO é um hiper-mega-mercado, é onde todo mundo vai fazer compras, seja comida, roupas (eu comprei algumas roupas lá), jornal, perfume, enfim!· Ponto 7: Nám SNP.Nám é a forma curta de námestie, que significa praça. SNP significa Slovenské Národné Povstaine (em inglês, Slovak National Uprising e em português algo como Subida da Eslováquia Nacional). Dois fatos históricos neste lugar. Foi neste ponto que a população celebrou a queda do regime comunista em 1989 e foi também aqui que, em 31 de Dezembro de 1992, mais de 200.000 pessoas celebraram a independência das repúblicas (em Tcheca e Eslovaca). Sim, este dia, se já não fosse, é feriado! J

· Pontos 10 e 11: Este é o Palác Grassalkovich (Palácio Grassalkovich), que é o Palácio Presidencial.

Até a foto 11 corresponde à ida (se você reparar, a ida está do lado esquerdo dos pontilhados no mapa), depois eu voltei boa parte pelo mesmo percurso, parei no KFC (de onde eu fiz o último post). Fiquei no KFC por um tempo: tinha internet e energia elétrica, então eu esqueci do tempo! Acho que fiquei lá por umas 3h....

Passei no TESCO para comprar algo para comer à noite, porém já estavam fechando, era 14h e não dava muito tempo para eu ficar lá nas seções adivinhando o que seria cada produto haha. Peguei três pacotes que eu achei que fosse macarrão instantâneo (e de fato eram mesmo) e vim embora.

Ao sair do mercado começa a nevar! Aeeeeeeeeeeee!!! É claro que o brasileiro-que-nunca-viu-neve-cair ficou tirando fotos, confira no flickr.

Ah! Na volta, passando pela praça principal, eu tirei foto do barracão que eu tinha esquecido de tirar foto no sábado! Reparem que as barraquinhas já estão quase todas fechadas, nas laterais:



É isso aí, e como diz a frase da foto abaixo, alguém aí “aproveite meu verão” por que este ano não vai dar!!!!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Mais neve, KFC e city tour

Okay, acabo de postar o post offline que fiz sobre o domingo.

A propósito, eu ainda não me recuperei do fuso horário e estou igual zumbi! Ainda não dormi hoje, decidi que vou forçar a barra e segurar as pontas até à noite para então capotar e sendo assim, resolvi fazer um city tour hoje, para não cair no sono em casa.

Tirei várias fotos de lugares turísticos e em casa eu preparo um post (decente) com elas.

Hoje nevou mais, apesar de ser uma neve sem vergonha (confiram as fotos no flickr, ao lado).

Escrevo do KFC - Kentucky Fried Chicken - e uso internet de algum lugar chamado MSI haha.
Esta vida de sem internet é complexa! :)

Respondendo o comentário-pergunta da Lílian:
1 - Elas (as estátuas) fazem alusão à alguma coisa sim, tem uma que se chama "The Frenchman" (não tirei foto dela) e é a réplica de um soldado de Napoleão, de 1809. As que eu postei eu desconheço a história.
2 - A cidade é bem segura, tem baixo índice de violência. O povo e o guia Lonely Planet classifica como perigoso somente batedores de carteira, que são comuns somente em multidões (segundo eles). Mas acho que isso em qualquer lugar do mundo.

Hasta la vista, hermanos!


Feliz Natal a todos e um excelente Ano Novo!

Fiquem com a fotinha do castelo (que eu tenho que explorar ainda, diga-se de passagem!).

Feira de Natal e neve

Sem graça este frio, quase perdi meus dedos! E o pior é que eu estava com luvas... hunft!

Aproveitei o domingo à noite para visitar a Feira de Natal (de novo!) e comer coisas típicas, aproveitar por que eu não vou ver isto de novo...

A Eslováquia, algumas vezes, é bem Brasilzão! Vamos dar início com esta feira...

Para começar eu cheguei na feira e haviam algumas filas para comprar coisas (leia-se comida) nas barraquinhas. Como bom brasileiro, é claro que eu corri para pegar a fila - sem nem sequer saber para que que era, óbvio! Hahaha, brincadeira...

Primeiro eu fui lá na barraquinha, dei uma espiada, fiquei uns 10 minutos tirando fotos, confira:

Cheirava bem, muito bem! E eu já tinha comido isto na sexta-feira, mas agora eu queria experimentar o outro, não de frango, mas sim de lingüiça.

Entrei na fila, mas não foi tão fácil assim. Primeiro por que quando fui lá perto para ver do que se tratava, meio mundo já olhou meio estranho hahaha, claro! Acharam que eu ia cortar a fila (bem que eu podia dar um de louco né.. mas enfim, melhor não). Daí eu fui perguntando onde era o fim da fila, a cada 3 passos. Foi preciso perguntar 3 vezes, então dá pra imaginar que a fila estava um pouco grande. Na última vez que perguntei o homem que me respondeu ficou meio surpreso e não só falou que era alí o fim da fila, puxou conversa. Primeiro ele falou que achou estranho meu inglês, disse ele: “I miss this North American English! You are not from here, right?”. Ohhh!! Hahaha... conversa vai, conversa vem, ele se chama Peter e estava com um grupo de amigos, tinha feito aquele comentário por que ele acabara de chegar da Califórnia e se sentiu familiarizado com o sotaque quando abordei ele. Ele deve gostar muito de lá, por que ficou feliz em conversar, perguntava também sobre o México e Peru, pois ele já passou por lá. Rapaz viajado.

Final das contas, descobri que este tipo de comida costuma ser chamada de “Gipsy food” (Comida de cigano) e é muito popular nesta época! A forma mais tradicional é com linguiça, segundo ele. A propósito, pelo que andei lendo no meu guia, quando falam “ciganos” eles estão falando de romanos, uma das minorias do país e este termo é considerado ofensivo.

A comida nada mais é que um pão de hambúrguer com mostarda, cebola e linguiça (ou filé de frango). A linguiça, o filé de frango e a cebola ficam numa grande chapa, como pode ser visto na foto anterior: você chega e pede com qual carne você quer e eles montam na hora. Entre outras coisas, pode-se comprar vinho quente (tinto, branco, etc..), Kofola, Coca-Cola, cervejas e outras comidas típicas (foto abaixo).


Vamos começar do começo.

Todos estas comidas aí na foto são chamadas de Lokše. Não sei a tradução, mas é a base, digamos assim, e é como se fosse uma massa de panqueca, só que mais grossa. O Lokše pode ser doce ou salgado, quem manda é o recheio: Kapustové (couve), Makové (papoula), Orechové (nozes) Pečienkové (carne de porco desfiada), Mastené (sem recheio, apenas regado com gordura suína – argh!). Tem mais dois, só que eu não fui apresentado a eles: Cesnakové e Nugatové.

Eu fiquei com o Pečienkové (carne de porco desfiada) e o Makové (papoula). Peter reforçou que o Makové não dá grau, hahaha mesmo sendo feito de semente de papoula! J Para beber foi uma Kofola mesmo.

Eu particularmente só gostei mesmo do lance cigano, não curti muito o Lokše. Talvez não tenha ajudado muito o fato deles terem viajado até meu dormitório fora da minha mochila (protegidos apenas pelo saco plástico) e terem quase que congelados no caminho. Paciência.

Eu não tirei fotos (lembrei mas depois eu esqueci!) do barração que se forma na frente destas barraquinhas, com mesas improvisadas. Tem barraquinhas dos dois lados, formando um hall. É neste hall que fica este barracão. Ah, não é tão barracão assim, vai.. mesmo por que estamos na praça central, mas a palavra barracão dá uma idéia de povão e é bem este o clima que se tem. São só mesas, na altura do peitoral, improvisadas no meio da praça para você apoiar sua bebida enquanto come, nada demais.

O Peter acabou me convidando para comer lá com os amigos dele. Mais conversa.

Final da história, ele trabalha com Telecomunicações e o projeto em que ele está inserido é desenvolvido no Vale do Silício e volta e meia ele tem que ir para os EUA. Além do mais, comentei com ele o fato de algumas pessoas por aqui não falarem inglês e somente alemão, ou vice-versa, e ele, como todos os outros, reforçou: os mais novos (os jovens) é que estão inseridos na cultura “global” – resumindo, internet, Mc Donalds, língua inglesa e Britney Spears. Os mais antigos sabem alemão, principalmente, pela proximidade comercial e política passada com a Áustria e Alemanha. Os mais espertos sabem os dois idiomas. Ele comentou também como estão divididas as etnias pela Eslováquia: mais húngaros ao sul (onde estou), poloneses ao norte e “gipsies” ao Leste. Foi engraçado este resumo. Vou procurar saber mais...

Quando falei no começo sobre a Eslováquia ser bem Brasilzão, era disso que eu comentava e até o próprio Peter ratificou: apesar de estar na Europa, a Eslováquia não mantém aquele ar “sou chique, não me rele e não me toque”. Como ele mesmo disse, nem todos, mas a maioria, sente-se a vontade em você se aproximar, perguntar algo e continuar conversando ou chamar para entrar em uma roda entre amigos. Eu percebi isto também quando fui ao pub na sexta-feira. Amém!

Pequeno comentário: para continuar esta seção “Eslováquia é um pouco do Brasil na Europa” – hahaha – eu vou postar em breve uma lista de quanto custam as coisas aqui – aí sim vocês vão se sentir em casa.

Comprei uma passagem de ônibus de 30min para voltar e no meio do caminho deu surto para tirar foto da neve. Parei no meio do caminho! Os 10 minutos mais congelantes da minha vida, so far!


MAS CLARO QUE FOI EU QUEM ESCREVEU, NÉ! E de quem que era o carro? Eu sei lá... hahhaha.. Pentelho, pouco! J

Uma pena que estava de noite (e frrrrrio), não dá para ter uma noção maior de como estava.

Daí deste ponto eu fui direto para casa, viajei com o ticket expirado por 2min, num total de 32min. Culpa da neve. Sorte que não teve fiscalização !

domingo, 23 de dezembro de 2007

Atualização

Hey brasileiros de plantão! :)

Hahahaha, só posso dizer que adorei ver os comentários, vááárias pessoas!
Ontem e hoje tem sido estranho principalmente por que meu fuso horário está bagunçado. Não era para estar tanto assim, pois só estou a 4h de diferença do Brasil (GMT -3) mas acho que o fato de o dia amanhecer às 8h e escurecer às 16h ajudou. Estou indo dormir às 2h da manhã, acordando às 5h, jogando FreeCell (sim, é triste mas é verdade!) até às 7h e depois durmo de novo. Acordo às 16h.
Na verdade não faz muita diferença dormir à noite ou de dia por que tudo é muito "escuro", o céu é cinzento e dá sempre aquele clima de "18h no inverno brasileiro". Único problema é que quase tudo fecha às 16h.
Hoje acordei 16:30 e vim ao centro para pegar um mapa no Centro de Informações Turísticas, porém já estava fechado. Ao lado estaria o Jazz Café, um café que segundo o guia que eu uso (Lonely Planet, excelente para qualquer país que você vá!) é uma boa para usar Wi-fi e ter um bom som, mas se eu li certo o que estava escrito na porta ele só abre às 21h (e fecha às 2h). Como agora são 18:30, escrevo agora de um Café, "Cafe Ister". Bebi um capuccino (excelente, por sinal!), conversei com meus pais pelo Skype (santo Skype!) e agora eu atualizo o blog.

Eu não preparei o post offline (que seria muito mais descritivo), mas tá valendo.

Esqueci de falar que na sexta-feira eu encontrei com o EB (Executive Board ou Diretoria) da AIESEC aqui.
Foram muito simpáticos, todos falam excelente inglês e se mostraram bastante preocupados com minha estadia. E mais, me convidaram para ajudar em algumas coisas aqui no gerenciamento, uma vez que eu também fui EB no Brasil - ser um AIESECo ajuda bastante, você pode se enturmar mais rápido e as coisas parecem que são mais naturais, você se sente mais em casa, "falamos a mesma língua". Se você não da AIESEC não tem problema, tenho certeza que teriam me tratado tão bem quanto, mas que é mais fácil, é.

Na sexta-feira à noite, já depois do post, eu fui passear pela cozinha dos dormitórios, que querendo ou não é um lugar social, como toda república, é a hora que as pessoas saem dos quartos hehe.. lá estavam dois italianos, um turco e um esloveno. Os italianos ficaram bem empolgados em falar espanhol comigo haha coitados... eu arranhei meu espanhol enferrujado mas falei que não era meu forte!
Vocês já ouviram falar de um programa chamado Erasmus? Bom, quem viu o filme "L'Auberge espagnole" deve conhecer. Estudantes de diversas partes da Europa fazem intercâmbio de estudo por um ou dois semestres em outros países. Eu não sei detalhes deste programa (é diferente do programa da AIESEC: primeiro por que o da AIESEC não faz intercâmbios acadêmicos e sim profissionais). O ponto é que eles me disseram que agora tem cerca de 20 intercambistas naquele dormitório pelo programa Erasmus, o que, segundo eles, é pouco. Em breve terá mais de 60 (lá para Fevereiro). Também me disseram que tem um português por aí e que é para eu ir lá conversar com ele, hahaha ..muito engraçado.

Fato curioso de ontem, sábado: fui preparar um macarrão na cozinha-zona e lá estava um turco comendo um treco estranho. Ele foi bem simpático, me ofereceu e eu aceitei. Ele tentou me explicar porém o inglês dele era bem precário e eu peguei a lata para ler o que dizia: folhas de oliveira enroladas com arroz. Sabe charuto, árabe? Ao invés de repolho, folhas de oliveira. E o recheio era arroz. Ele diz que é algo bem comum lá na Turquia e eu gostei e apesar de estar enlatado, me pareceu bem saudável.

Hoje, domingo, no caminho para o centro eu vi neve! Significa que nevou em apenas alguns lugares pois não tinha neve perto dos dormitórios onde moro e nem aqui no centro.

É complicado postar todos os dias uma vez que eu não tenho internet em casa. Porém, na sexta-feira mesmo, perguntei a alguns remanescentes no dormitório (remanescentes por que eles não vão embora para o Natal - principalmente o pessoal que mora na Rússia) como eles faziam para checar emails e me disseram que eles vão ao bar (tem um bar chamado Baracuda atrás do prédio em que eu moro) e lá tem wi-fi grátis. Ontem, sábado, eu fui lá mas infelizmente não estava funcionando.
Pequeno comentário sobre bares e pubs: se você tem aversão a cigarros, como eu, é desagradável ter que frequentá-los pois todos são sempre fechados (sistema de aquecimento) e sempre tem alguém fumando por perto e lugar fechado + fumaça de cigarros é algo asfixiante! Sem contar que sua roupa fica com AQUELE cheiro super agradável.

Eu ainda não conheci a realidade da AIESEC daqui, mas pelo que percebi eles trabalham e tentam fazer as coisas acontecerem, não muito diferente da AIESEC em Itajubá. Como não trabalharei na EMM nos próximos 2 meses (por questões de legalização, vistos, etc..) eu exercerei atividades na AIESEC (principalmente para não ficar parado em casa morrendo de tédio) e com certeza eu virei aqui escrever sobre. Aguardem.

Sobre o comentário do Rafael: Sim! O que eu relato aqui são apenas algumas coisas pois a cada virada de cabeça na rua eu tenho um insight diferente hahaha são turbilhões de coisas na cabeça a cada minuto, momentos de assimilação (natural!) e é simplesmente fantástico. E eu torço para que você (e todos) possam experimentar isso! A propósito, sobre o idioma, eu estou seriamente pensando em largar mão do inglês e voltar para o alemão! A maioria das pessoas entende, pelo menos, o alemão, melhor que inglês. Talvez pelo fato do país estar entrando na União Européia (de fato eles já estão na UE, mas tudo ainda está em trasição....) eles ainda estão se adaptando ao inglês - as pessoas entendem mais do que falam, mas é tranquilo, não é muito difícil achar alguém que fale inglês nas ruas.

Vou postar aqui duas fotos curiosas que tirei na sexta-feira, de duas estátuas no centro da cidade. São estátuas de bronze e tem várias espalhadas pela cidade. Uma chama-se "The Watcher" e a outra, "The photographer" (acho que eu não preciso falar qual que é qual, né? hehe).








Sobre a globalização

1 - Entrei no café e estava tocando "Under the Bridge" (Red Hot Chili Peppers) e saio agora com "What if God was one of Us" (Joan Osbourne);
2 - Fui comprar xampú e queria algo mais local, porém não encontrei: acabei comprando Garnier Fructis.;
3 - A marca mais comum de catchup é Hellmann's;

Pelo menos a globalização faz nos sentir em casa! haha

Tem mais... a maioria das coisas são escritas em eslovaco e tcheco (mesmo por que a separação não é historicamente antiga) quando não em mais idiomas.
Olhem só a lata de atum enlatado: 8 idiomas (e o principal em alemão!).



Até mais!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Pensamento do dia

Queria eu estar na Grécia para poder falar "este povo está falando grego comigo!".

Eu vou aprender esta língua!

Agradecimentos

Obrigado a todos que comentaram aí.. não faz sentido eu postar se eu tiver gente lendo, então, valeu! :))

Coloquei alí do lado um link para o Flickr, que é onde vou jogar as fotos aleatórias que eu for tirando e não têm relação direta com o post. Então passem por lá também para curiosidades...

Respondendo alguns comentários:

- Aqui tá frio, mas é tolerável. Agora deve estar -4ºC.
- Douglas, eu realmente achei que ia fazer posts rápidos, e provavelmente eu farei, daqui alguns dias. Mas por enquanto eu tenho tempo e o entusiasmo inicial é grande, então vamos aproveitar! hahaha

Ah! Como disseram no blog "os dois na europa", é complexo mesmo se adaptar com um dia que escurece às 16:30.

Highlight: Vou passar o Natal na casa de alguém (não sei o nome!) e o Ano Novo em Košice (é uma cidade ao Leste da Eslováquia - extremo Leste - e lá terá uma festa da AIESEC, com aprox. 150 pessoas, muitos deles intercambistas).

Até o próximo post...

Day 2: Post rápido

Eu sai de casa e fui andar com a Sonya (acho que eu devo uma foto dela!). Não foi só ela, foram mais 4 amigos dela (eslovacos) e um sueco, que está de passagem por aqui, amigo de um delesamigo

Em uma feirinha de Natal no Centro comi um pão de hambúrguer com bife e cebolas (muito bom!), passamos por um pub e me convidaram para uma cerveja (uma desfeita se eu não aceitasse, vai!). Chama-se Zlatý Bažant (em inglês algo como Golden Pleasant). Depois fomos comprar coisas: eles têm uma mania de dar presentes para todos os conhecidos próximos (amigos) no Natal! E saem empolgados para comprar coisas... é impressionante.

Aproveitei para comprar coisas faltantes: protetor labial, pijama, xampú, dicionário Inglês-Eslovaco, enfim, coisas úteis! haha

Eu ainda estou sem internet, estou postando de um pub.. assim que eu chegar em casa eu preparo um post (offline) mais decente e quanto eu tiver internet eu só jogo aqui.

Até!

O post mais esperado de todos: saída do Aeroporto de Viena; chegada, acomodação e ambientação em Bratislava

Depois de um chá de cadeira por ter perdido o ônibus em Viena, fui atrás do ponto para que eu pudesse embarcar. A esta altura (era quase 4h da manhã) só tinha eu e mais alguns perdidos (todos dormindo), e um senhor limpando o chão. Fui pedir informação a ele, pois até então eu não tinha explorado o aeroporto. Primeira frase: “Hi, do you know where I can take the bus to Bratislava?”. O senhor me responde: “Über! Über! Über!”. Hahahaha, eu falei “Pronto! O tio não fala inglês...”. Só por que, minutos antes, eu comentei com um amigo meu por MSN que eu tinha me virado bem com inglês, até então....

Lá vou eu colocar meu alemão inferrujado em prática. “Sprechen Sie Englisch?” (Você fala inglês?) e ele “Nein!” (Não!). Agora eu estava oficialmente lascado.

Pensei que seria pior, mas consegui perguntar a ele onde pegar o ônibus, em alemão mesmo, e ele já havia me respondido da primeira vez, era em cima (über = acima). Vou ter que aperfeiçoar meu alemão pois irei a Viena algumas vezes, é perto!

Embarquei para Bratislava às 6:45, horário local, no Terminal 2 (Über! Über!) do Aeroporto Intl de Viena. Estava BEM frio, acredite.

Custo: €4.50 (aprox. R$12)

Tempo: 60min.

Chegada (quinta-feira, 20/12)

A viagem foi muito tranquila, ônibus confortável. A vantagem de viajar de ônibus, talvez uma das únicas (haha), é apreciar a paisagem. Infelizmente estava bem escuro e pouco pude ver da geografia local, basicamente árvores esparsas entre si e sem folhas.

“Curioso” é que existiam vários geradores de energia elétrica eólicos (vide foto abaixo – perdoem a qualidade!) ao longo da estrada.



A paisagem, no caminho, lembra MUITO aqueles filmes sobre nazismo (sério!!), é muito louco.. me senti um preso político hahahaha!

Na fronteira Áustria-Eslováquia houve uma parada, um policial entrou no ônibus, deu uma olhada por cima, pediu o meu passaporte. Eu nem precisei entregar, pelo visto ele só queria saber se eu carregava alguma identificação. A propósito, só um parenteses: cheguei em Bratislava, depois de toda esta jornada (Londres-Viena-Bratislava), sem nenhum carimbo no passaporte e nenhuma pergunta. Ninguém me perguntou absolutamente nada tipo “para onde eu ia” ou “o que eu ia fazer”, etc... e isto me preocupa.

O combinado, ao chegar em Bratislava, era eu encontrar o Josef (ele é meu guia AIESECo aqui) na estação principal, porém o motorista não falava nem inglês e nem alemão. Quando entrei no ônibus, tentei conversar mais ele não entendeu, falei: “Bratislava!” e ele “City or airport” (um inglês beeeeeem ruim). Eu falei “City”. Paguei os €4.50 e me sentei.

Quando o ônibus parou, em Bratislava, ele pediu que eu descesse. Eu desci, mas definitivamente não era aquele o lugar. Alí era uma parada de ônibus e tinha algumas pessoas estranhas, haha tinha um velho louco andando em círculos (ótima primeira impressão!! Hahaha).

Fui atrás de um orelhão para tentar falar com o Josef, porém o orelhão não aceitava euros. Andei 20m e troquei €10 em moeda local – coroas eslovacas (Slovenská koruna – Sk - €1 = 33 Sk).

A mulher falava muito pouco inglês, mas ela entendia bem. Problema é que ela me deu 300Sk em notas e 33 Sk em moedas (3x10Sk + 3 Sk). E eu precisava de moedas e não tinha a menor idéia de quanto custava o minuto de uma ligação para um celular local. E não é que foi? E ainda não usei tudo haha. Isto significa que, com aprox. 5 centavos de real eu consigo fazer uma ligação para celular local (absurdo!!).

Aquele clichê de que na Eslováquia as coisas são realmente baratas não é mentira. Que bom J

Acomodação (quinta-feira, 20/12)

Encontrei com o Josef e fomos conhecer o lugar onde ficarei temporariamente.

Como requisito antes de sair do Brasil, pedi a ele que procurasse o lugar mais barato possível (dentro de padrões sanitários e de segurança, é claro). Então eu já não esperava muita coisa, nada chique.

O lugar é comumente chamado de “dorms”, que nada mais são do que dormitórios para estudantes.

Existem vários destes complexos espalhados pela cidade e todos são mantidos pela Universidade de Bratislava, para os estudantes.

É um prédio gigante, com cerca de 4 andares e cada andar possui sala de estudo, cozinha comunitária e um grande número de dormitórios. Tudo é muito antigo.

Cada dormitório possui outros “2 quartos”, 1 banheiro (ducha e sanitário são separados), armários e uma pia. Você sai do corredor e entra no dormitório. Automaticamente você está em uma área comum onde se encontra o banheiro e a pia. Logo a frente existe outras duas portas que dão acesso aos quartos.

Cada quarto possui 3 camas (cabe até 3 pessoas) e uma mesa. No momento estou sozinho, no dormitório todo. Como básico na Europa, este prédio não é dieferente: inteiramente aquecido e água quente em todas as torneiras.

O preço é bem em conta, você paga aprox. R$ 120 para ter cama, água e energia elétrica. Não tem internet (nada, nem um sinal de fumaça).

Clique na foto abaixo para ampliar.



A cozinha é comum, como dito anteriormente, e é uma zon-! Fica na frente do meu dorm. A geladeira é pior ainda, tamanha desorganização. Não tem jeito, um bando de estudantes sempre será um bando de estudantes, em todo lugar do mundo.

Eu terei que comprar o que eu for usar – copos, talheres, pratos, etc.. embora tenha algumas coisas – panelas, principalmente - que foram deixadas (por pessoas iguais a mim?) e que podem ser usadas.

Eu não sei a política da casa, mas provavelmente deve ser a do “sujou, lavou”.



Ambientação (quinta-feira, 20/12)

Cheguei no dormitório e fui assinar alguns papéis de registro de entrada e fazer o pagamento (pelo menos aqui você paga antes).

Ganhei um chip de celular, mas não sei o número dele ainda (muito menos como descobrir isso) haha.

Este complexo em que estou é formado por estudantes de Economia (depois tiro fotos da entrada dele e da faculdade). Todos os estudantes falam inglês, não tem quase ninguém aqui – quase todo mundo já saiu para o recesso, voltam na primeira semana de Janeiro.

Depois de me regularizar na recepção, fui dormir. Era 10h.

Acordei umas 15h e fui visitar o escritório local da AIESEC, que fica a uns 10min daqui. Peguei instruções por SMS de como usar o ônibus e fui, na cara e na coragem! Haha!

Não é difícil andar de ônibus aqui, problema é a língua, só. Mas espero solucionar isso em breve... hehehe.

O transporte público aqui funciona. Você compra tickets de 10, 30 ou 60min. Você embarca pela porta de trás e marca seu ticket em umas máquinas que ficam nos apoios de alumínio. Funciona assim: ao colocar seu ticket nesta máquina, nele é inscrito o dia e horário corrente, e a partir deste momento você pode pegar quantos ônibus quiser por até tanto tempo (10, 30 ou 60min, dependendo do seu ticket). Não tem um cobrador, porém existe a possibilidade de você ser fiscalizado, o que acontece com pouca frequência, segundo o que o pessoal aqui diz. Disseram também que a penalidade (multa) para quem viajar com ticket expirado é alta.



Cheguei ao escritório da AIESEC CU (sem piadas haha, são as iniciais da universidade – Comenius University) e o pessoal estava terminando treinamento para alguns membros novos, em outra sala. Esperei um tempo e conheci alguns membros da diretoria. Logo depois me levaram pra comprar roupa (uma era a Sonya e outro um cara que eu esqueci o nome).

A Sonya mora aqui em Bratislava mesmo, ao contrário de muitos estudantes - maioria, que não são daqui.

Fomos a uma espécia de Riachuelo eslovaca, comprei um tênis-bota por que meu tênis não tava dando conta! Comprei uma blusa também, para usar sob a jaqueta (meia-boca – para o frio daqui – brasileira).

Já era tarde (quase 20h) então não deu tempo de irmos a outras lojas procurar jaqueta e luvas, vai ficar para sexta-feira ou outro dia, mesmo por que não é tão prioritário (a jaqueta que eu trouxe do Brasil está aguentando um pouco e o Josef me emprestou um par de luvas dele).

Fui ao mercado também, comprei alguns Rozoks (um pão comum que para nós brasileiros seria o francês), queijo, tomate, patê de presunto, manteiga e a Kofola!

Kofola é o refrigerante a base de cola que eles bebem aqui, mais comum que Coca-Cola. O gosto não tem nada a ver com Coca-Cola: é mais leve, menos doce, tem mais cafeína (2% a mais que Coca-Cola) e deve ter alguma fruta estranha na composição (provavelmente a do símbolo). Não gostei muito não mas vou me acostumar.



Voltei para casa sozinho, de ônibus, com as direções da Sonya.

Chegando no dormitório eu recebi uma SMS do Josef dizendo os celulares dos outros intercambistas da outra AIESEC (sim, tem três AIESECs aqui, uma é o MC – escritório nacional) que também estão morando aqui. Liguei para um deles, na verdade “ela” (Paulinia) e descobri que ela é minha vizinha de corredor.

Fui ao quarto dela para dar um “Alô!”, fazer um social. Ela é da Polônia e vive com as outras duas intercambistas que não estavam lá no momento (uma da Eslovênia e outra da Romênia). As três trabalham na Kraft Foods aqui em Bratislava, pela AIESEC, na área de contabilidade.

A Paulinia deu dicas importantes, como a do uso da geladeira: não deixe suas coisas na geladeira pois alguém vai pegar, principalmente se for iogurte, carnes, etc. Hahaha. Para ela não tem tanto problema, segunda ela mesma, pois ela é vegetariana e as palavras dela foram “These kids aren’t that fan of vegetables...” hahaha.

A solução é colocar os frios para fora, pela janela do seu quarto. Isso no inverno. No verão, o jeito é comprar pequenas quantidades para consumo rápido ou usar a geladeira e rezar para que não suma nada.

Eu peguei a sacola de supermercado, coloquei o patê e a mussarela dentro e deixei lá fora. A Kofola gelou em 20min.

Ah! Estou sem internet, então vou escrevendo offline e quando eu for a um pub ou café com internet eu coloco online.

Ah-2! Comprei o adaptador para tomadas!

Curiosidade

Existem algumas coisas que realmente fazem a diferença. E eu sempre pensei que se você tem uma multidão e esta multidão vai desordenar ou entregar alguma coisa, que ela mesma faça a organização disso. “Mas que diabos você está falando??” ou “Han?

Okay. No aeroporto de Viena existem aqueles carrinhos para você carregar sua mala. Em Guarulhos também tem. A diferença é que em Viena é organizado (eu prefereria dizer “mais bem pensado”).

Em Guarulhos, você pega o carrinho na entrada do aeroporto, coloca sua bagagem, vai até o terminal de embarque e quando chega na porta do Terminal, você se desfaz do carrinho (leia-se: você deixa o carrinho largado nos corredores do aeroporto). Alguns mais concientes até pegam o carrinho e o coloca na fila de carrinhos que geralmente se forma por perto. Mas como estamos falando de brasileiro, bom, deixa pra lá. No caso do desembarque, pega-se o carrinho no saguão de desembarque, coloca-se a bagagem em cima, leva-se o carrinnho carregado até o estacionamento e larga-se lá. Eu achava isso uma maravilha: um carrinho que salva seus braços e não custa nada. Mas até aí eu estava pensando somente nos meus braços mesmo. O que eu não parei para pensar é que, às vezes, pessoas são pagas somente para pegar os carrinhos largados pelo estacionamento ou corredores do aeroporto, e estes mesmos carrinhos largados atrapalham a vida de todo mundo, inclusive a minha, quando quero passar com um carrinho cheio de bagagem.

No Aeroporto Internacional de Viena, toda vez que você pega um carrinho, você coloca uma moeda. A princípio eu achei que era pago, vi as pessoas colocando moedas nos carrinhos do saguão de desembarque, e eu até teria pago se tivesse uma moeda (moeda mesmo!) em euro. Depois, conversando com uma brasileira (eu falei que encontrei uma brasileira em Viena, que também passou a noite lá? As malas dela foram extraviadas. Ela mora em Portugal e a irmã em Viena – já tem experiência no aeroporto de Viena, hehe), ela me explicou que você coloca a moeda, depois, quando for se desfazer do carrinho, você põe o carrinho de volta em lugares específicos para poder retirar sua moeda. Você faz isso se você quiser, se você não quiser você pode deixar o carrinho solto no aeroporto, mas aí provavelmente alguém vai ser esperto suficiente para fazer isso por você: pegar seu dinheiro.

Veja a foto abaixo para ilustrar a situação:



Na prática, funciona assim: Existe, em cada carrinho, o lugar para pôr a moeda (foto). Na frente vai a moeda e atrás, digamos assim, vai uma chave. Cada base (vamos chamar o lugar onde se coloca os carrinhos de base) tem uma corrente presa a uma espécie de chave. Isto vai ser usado no primeiro carrinho que chegar à base: você põe o carrinho, insere esta chave no primeiro carrinho e a moeda é liberada. Daí, o primeiro carrinho também tem uma corrente com a mesma chave. Este novo carrinho (o primeiro) age como se fosse uma nova base para o próximo: você coloca o segundo carrinho na fila, insere a chave (que está no primeiro carrinho) e retira a moeda.

É simples e funciona! Eu digo que funciona por que você não vê UM CARRINHO sequer perdido pelo aeroporto, todos estão nos seus devidos lugares.

Bottom line: Alguém aí quer montar uma empresa, usar um sistema parecido e entrar no mercado brasileiro? Eu to dentro.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Aeroporto de Viena (Quase lá!)

Só para dar continuidade ao post anterior, aquele sinal de internet que estava aberto, fechou-se.
A declaração do notebook foi tranquila (obrigado Naiani!) e eu não troquei euros (viajei somente com dólares, 10R$ e cartão de crédito).
E eu fiquei em Guarulhos até o embarque, fazendo nada.
A propósito, meu vôo com saída de Guarulhos atrasou 1h, cheguei em Londres 13h (horário local).

A coisa em Londres foi muito tranquila, exceto que meu vôo para Viena atrasou 2h e, no final das contas, cheguei em Viena 0h:30 e perdi o último ônibus Viena-Bratislava.

Resultado? Estou eu no aeroporto de Viena esperando dar 06h45min da madrugada.
Pensei eu: "Ok, eu cansei de dormir já, apesar de estar cansado.. preciso de uma tomada e meu laptop, só!"
Quem disse que tem tomada? Melhor, quem disse que a TOMADA maldita aqui na Áustria encaixa? Poisé, pior que eu QUASE comprei um adaptador em Londres, enquanto esperava meu vôo.. não reparei se o encaixe é igual o daqui, mas enfim, era uma luz.
Mas se você é um ser criativo e carrega dois bombons sonhos de valsa com você, tudo se resolve! hahaha (registro aqui que o bye-bye package é um ítem essencial!).
Veja foto abaixo a adaptação macabra que eu fiz hahaha


A partir de agora, quem disser que papel alumínio do sonho de valsa não serve para nada eu mato! hahaha
Você come o sonho de valsa e ainda faz um adaptador! Isso que é sustentabilidade..
Seguindo com os fatos no aeroporto de Viena, fui comprar algo para comer. Como cheguei tarde ao aeroporto, a única coisa aberta era o McDonalds, então rumei ao dito cujo.
Chegando lá, a atendente era uma chinesa que nem Inglês direito ela falava, só alemão, e muito rápido/confuso. Olhei para o cardápio e falei "Hi, I want a Big Mac, please..." e ela "Promotion?" e eu "Yes!". Depois lá vem ela "Which drink?" e eu "Fanta!".


Eu sabia que eu teria choques culturais, mas no MC DONALDS? Eu não aceito! hahaha
A Fanta é diferente, é menos laranja e não tem tanto gosto (eu acho que alguém já tinha falado isso pra mim, mas sabe como é conversa de bar né...).
Ah! Esqueci de comentar uma coisa interessante... eu não tinha euros e não aceitavam cartão de crédito alí, daí a atendente ficou desesperada por que o pedido já estava no balcão. Ela chamou o gerente por que nem argumentar comigo em Inglês ela conseguia (para você ver o nível da moça! haha). O gerente então explicou que aceitava dólares e que fazia a troca de moeda para Euro se eu precisasse, num sistema deles mesmo que eu nem sabia que existia. No final troquei dólares para euros a uma taxa de 0.68 (que é uma taxa muito boa, por sinal), no McDonalds!

Minha saga não terminou ainda. Daqui 4h eu pego ônibus para Bratislava (como dito anteriormente, perdi o último ônibus do "dia"). A viagem dura 1h. Já liguei para os AIESECers de lá e eles estão aguardando....

Mais posts em breve :)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Aeroporto de Guarulhos (Pré-Partida): DIA D

Okay, alguém pode me dizer o que acontece com esta cidade?
O Plano: sair da Lapa (casa de Camila) às 16:30, pegar um trânsito light até o metrô Barra Funda, de Taxi, e, de metrô, ir tranquilamente até a estação Tatuapé. De lá, pegar o "Airport Service". (Não, não é o Airport BusService, é o Airport Service, que custa só R$3,30) Teoricamente, gastaria cerca de R$20 com o táxi, se contabilizássemos apenas a quilometragem, mais R$2,30 com o metrô e mais R$3,30 com o ônibus até Guarulhos. Arrendondando, R$26.

Mas já dizia a célebre frase: "Nada sai como combinado!" ou até mesmo "A teoria, na prática, é outra!". E eu assino embaixo.
Quando falamos de São Paulo, lidamos com imprevisibilidade, claro, isso é um senso-comum (por isso sai às 16:30h - meu vôo sai de Guarulhos às 23h).

Tudo ia bem no percurso até que o trânsito se revolta e TUDO PÁRA. Só para ajudar, era a alguns metros do metrô Barra Funda. Sorte que eu tinha tempo, senão tinha descido do táxi e andado aqueles 500m a pé, com duas malas. E Camila ia ajudar hahaha

"Mas se você tinha tempo, do que você está reclamando?". Okay, vamos por partes.
Todas as pessoas que já fizeram vôos transatlânticosme disseram: "Vá com roupas de frio, é frio pra burro lá em cima, e por 12h então, nem te conto!". O besta aqui vestiu duas calças antes de sair de casa, para se sentir preparado. Então imagine... dentro de um táxi, 28ºC, aquele mormaço.
Daí eu lembro que se o táxi fica parado, o taxímetro continua rodando. Daí não dá 2s de eu lembrar isto o motorista vira com ar de informativo: "Estou pegando esta rota aqui alternativa por que o taxímetro cobra R$0,30 a cada 45s se o carro não estiver em movimento..".
AH! Pra quê! Fiquei neurótico dentro do carro..

Ainda bem que, no final das contas, o trânsito deu uma descongestionada e chegamos ao metrô. Total táxi = R$28 (por que o tiozinho foi bonzinho, por que eu vi que tinha dado R$29).
Ou seja, eu paguei 8R$ para esperar o trânsito e simular uma sauna.

Não bastando isto, chegamos no metrô e tá aquela SARDINHA. Parece que pegaram toda aquele penca de gente da 25 de Março em véspera de Natal e colocaram lá. IMPRESSIONANTE.
Lá vai Camila e eu, com mala e cuia, embarcar na minhoca de metal. (Sim, eu ainda estava com as duas calças neste momento).

Chegamos vivos na estação Tatuapé e fomos para o embarque do busão. Depois aí tudo tranquilo, 20min depois eu estava, sozinho, no Aeroporto de Guarulhos.

Cheguei e fui me informar a partir de qual horário eu poderia fazer meu check-in no guichê da British Airways e me informaram 20:30.

Como um bom nerd, fui procurar um ponto de internet.... sentei no chão do Terminal 2, procurei por uma tomada, abri meu PC e voilá. Eu não sei por que raios este sinal está aberto para mim, por que um cara veio perguntar agora pouco se o sinal estava aberto e eu disse que sim (inocente! Vai que era um cara do serviço...). Ele não conseguiu conectar (caía na página do Speedy).

Hoje é um dia especial, também... aniversário da minha mãe e a EX-EXTENSÃO AIESEC em Itajubá virou COMITÊ LOCAL! Aeeeeeeeee!!! Parabéns a todos!!! A gente sabe o quanto foi COMPLEXO chegar lá!! *extremely happy*

Agora são 20:30 e eu vou declarar meu notebook na Receita e comprar uns 15 euros (por recomendação da Anna, ela disse que no aeroporto de Londres não se compra muita coisa com dólar!).

Até a próxima...

sábado, 15 de dezembro de 2007

Despedida - São Paulo

DAY 1

O primeiro dia em São Paulo, sexta-feira 14, foi bem tranquilo. Cheguei na casa de Camila cedo, às 06:30, e fui dormir.
O tempo estava propício para dormir - aprox. 15ºC! A garoa da "terra da garoa" apareceu e perdurou pelo dia todo - e fez jus ao título. Comemos em um restaurante muito legal no Tatuapé (Maktub): picanha! (Okay, não é a picanha do Mato Grosso! hehe :)
Peguei um dinheiro que tinha em reserva e comprei uma máquina digital (reservado para isso!), agora poderei escrever e colocar fotos :)
Esta foto foi no final do dia (o relógio na foto está errado), na estação Barra Funda.


DAY 2

Ontem, sábado, fomos fazer a despedida, oficialmente.
Ocorreu em uma balada chamada Projeto Autobahn, no centro. (Autobahn, em alemão, significa algo como "caminho para carros" e a palavra é comumente usada para falar de auto-estradas sem limite de velocidade). Enfim, o lugar é muito BOM!
Quando eu sempre digo que balada tem que ser algo "além", era disso que eu dizia.
O local do Projeto Autobahn é um hotel, Hotel Cambridge, já desativado e a idéia que se dá é que o hotel foi fechado, retiraram os donos e os empregados e colocaram um DJ. haha
Tudo se manteve, aparentemente.. Se você reparar na foto abaixo, onde o DJ fica, tem um quadro para se colocar as chaves dos quartos, atrás. Ainda na decoração, os pôsteres antigos da Coca-Cola na parede (enquadrados) dão aquele ar de antiguidade (lembrou-me daquela campanha "Coca-Cola goes to War" haha).
Sem esquecer do Atari 2600 que fica na parte do segundo piso. Agora imagine, você na balada, já cansou de dançar (ou se chacoalhar, como quiser), se senta e começa a jogar Frogger, Enduro ou River Raid! hahahaha
A idéia do projeto é reviver os anos 80 (SIM!!!! O ano mais legal de todos! haha).
Musicalmente, que eu e minha ignorância pudemos perceber, tocou The Cure, Smiths, New Order, Cindy Lauper, Depeche Mode, e outras :)
As companhias também ajudaram, vai! Muito obrigado Camila, Lukita, Carol (que eu conheci no dia!) e Rachel!!

Montagem de fotos abaixo (repare no Indiana Jones na parede da primeira foto):


Esta moça aí de cima é Camila! (aeeee! :***). É quem me atura em São Paulo, junto com Luciana haha. Obrigado Camila!!!
Esta foto foi tirada no Metrô, alguns minutos antes de nos encontrarmos com a renca toda e rumarmos para o Autobahn.

DAY 3

Dia light! :)
A cambada toda da balada veio dormir na casa de Camila, pois faríamos peixada de almoço!
A peixada foi feita, com estilo: cachara! Frito e escaldado, com arroz branco.. ficou muito bom!
Parabéns a Lú e Camila!
Curioso mesmo é quando, pré e pós almoço, junta-se três designers (gráficas): duas delas publicitárias e outra jornalista. Posso dizer que surgem perspectivas interessantes até da vitrine da loja da Ellus!! O engenheiro só observa, claro.

DAY 4 and 5

Os planos para amanhã são ir na Av. Paulista e comprar penduricalhos para os eslovacos. Nada demais: chaveiro, bandeira, coqueteleira, pinga, vamos ver o que achamos (e podems comprar!)!
Terça-feira é o dia, então sairei cedo da casa de Camila, umas 16h, mesmo meu avião saindo às 23h. Espero que dê tudo certo :D




Finalmente, obrigado ao pessoal que tem comentado, continuem aí por que é para vocês que eu escrevo :)

Cuiabá, Itajubá, parentes, amigos, enfim, valeu pela força e obrigado pelas palavras!

Até o próximo post...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Despedida - AIESEC/Itajubá

É, eu disse que viria aqui somente no dia da minha chegada à Eslováquia, porém, se coisas precisam ser escritas, que escrevamos.

Hoje foi minha bye bye party. Foi singela e eu cheguei atrasado hehe (só 1h!). Foi composta majoritariamente pelos AIESECos de Itajubá.
Muitas pessoas já não estão mais aqui e as que estão aqui estão ocupadas, então acabou bem cedo (não durou mais que 3h).
Ocorreu em um bar da cidade e mesmo tendo sido pequena, simbolizou muita coisa para mim.
Simbolizou ver as pessoas que estiveram comigo por este ano todo, trabalhando, compartilhando experiências, perdendo a cabeça, às vezes.
Simbolizou ver alguns resultados que eu e grupos tivemos influência.
Simbolizou o fim de uma fase na experiência AIESEC - papel de liderança - e uma nova fase, o Intercâmbio.
Simbolizou ver as pessoas que vão levar a AIESEC em Itajubá no ano que vem.
Teve um momento, no final, que foi O INSIGHT. Restaram apenas 4 pessoas: dois brasileiros (incluindo eu, 'course), o canadense e a inglesa.
Naquele momento eu pensei: okay, então quer dizer que daqui alguns meses vai ser eu, numa situação parecida, porém em um país em que eu nem sequer sei quais os hábitos e costumes?
E quer saber? Eu gostei da sensação! :)

Recebi da AIESEC (muito obrigado, Figurão!) meu bye bye package (um pacote de despedida com coisas típicas brasileiras!) composto por: sonho de valsa, paçoca, pinga, coqueteleira (para fazer caipirinha!), pinga, CD com músicas brasileiras, bandeira do Brasil, guaraná Antarctica e doce de leite! :)
Isto também fará parte dos utilitários que usarei para uma sessão do intercâmbio que chama-se "Apresentação Cultural", em que eu apresento sobre o Brasil para o pessoal da AIESEC de lá (e eles também apresentam sobre a Eslováquia, no caso, para mim).

Também, hoje, recebi email da Petra Ištvániková (calma, não se assustem com as letrinhas! haha). Ela é membro da AIESEC Comenius/Bratislava e enviou email para se apresentar, dizendo que ela estava como responsável pelo processo de moradia além do legal, junto com o Josef (primeiro contato que fiz e responsável pelo contato com a EMM - empresa em que trabalharei) e a Ivana (VPX - Vice-President of Exchange).

Tá chegando!!! Tá chegando!! :DDDDD

Até mais ver.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Eslováquia e AIESEC

Okay!

O principal motivo pelo qual criei este blog foi para manter as pessoas informadas sobre como andam as coisas na Eslováquia.
Infelizmente, aos gringos, os posts serão em português, por motivos particulares.

Hoje é dia 10 de Dezembro de 2007 e embarco para capital da Eslováquia em 8 dias - Bratislava.

Este intercâmbio é um produto da AIESEC (leia mais em www.aiesec.org.br), uma organização em que trabalhei como Vice-Presidente de Intercâmbios pelo ano de 2007 todo e que tenho muito orgulho! Aprendizado ímpar neste meu ultimo ano-util de universidade.

Apesar de tudo que se passou por estes anos, família longe, amigos mais longe ainda, faculdade, etc.. eu deixo o Brasil (temporariamente!!) com orgulho de saber que fiz um trabalho responsável e digno por aqui o tempo que fiquei (e faria de novo se preciso!).

Volto aqui em 9 dias, já em Bratislava, espero eu.

Não deixe de ler o F.A.Q abaixo!

Ah!! Comentários são sempre bem-vindos! :)

Abraços!


F.A.Q (Perguntas frequentes)

"Onde raios fica a Eslováquia??"
Eslováquia faz divisa com República Tcheca, Áustria, Polônia, Ucrânia e Hungria.
Capital: Bratislava

"Joga-se futebol na Eslováquia??"
Hahahaha, okay, eu fiz esta de graça.
O esporte mais popular na Eslováquia é o Hockey no Gelo! (também pudera, a temperatura MEDIA ANUAL lá é 10 °C).

"Mas você vai fazer o que na Eslováquia??"
Congelar. Brincadeira :)
Farei um estagio na área de segurança de Tecnologia da Informação, mais especificamente consultoria e projetos de segurança em TI.

"Mas a Eslováquia não é o fim do mundo?"
Para quem acha que o mundo é só EUA, Canadá, Inglaterra e Alemanha, sim.
Para mim a Eslováquia é apenas numero 42 no ranking IDH 2007 (enquanto Alemanha está em 22 e o Brasil em 70) e leituras frenéticas no Lonely Planet "Slovak and Czech Republics".

"E se fala qual língua la, meu Deus do céu??? Você não vai morrer de fome??"
A língua oficial da Eslováquia é o Eslovaco (ou Slovak, em inglês). E eu, obviamente, não sei falar isto.
O ingles é bem disseminado na capital e a AIESEC - que me dará todo suporte - fala inglês, então fome eu não passo! :D

"Você pode não passar fome, mas vai morar com quem??? Na rua???"
Ainda não sei onde vou morar nem com quem vou morar mas como fui Vice-Presidente de Intercâmbios aqui no Brasil eu sei que existe um padrão internacional para os intercâmbios da AIESEC eu sei que a esta hora eles estão se matando para procurar um lugar para eu ficar - pelo menos nos primeiros dias. Depois eu saio com eles para achar um lugar definitivo. Isto depende muito. O fato é que fome e frio/sem-teto eu não fico! :))