sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O post mais esperado de todos: saída do Aeroporto de Viena; chegada, acomodação e ambientação em Bratislava

Depois de um chá de cadeira por ter perdido o ônibus em Viena, fui atrás do ponto para que eu pudesse embarcar. A esta altura (era quase 4h da manhã) só tinha eu e mais alguns perdidos (todos dormindo), e um senhor limpando o chão. Fui pedir informação a ele, pois até então eu não tinha explorado o aeroporto. Primeira frase: “Hi, do you know where I can take the bus to Bratislava?”. O senhor me responde: “Über! Über! Über!”. Hahahaha, eu falei “Pronto! O tio não fala inglês...”. Só por que, minutos antes, eu comentei com um amigo meu por MSN que eu tinha me virado bem com inglês, até então....

Lá vou eu colocar meu alemão inferrujado em prática. “Sprechen Sie Englisch?” (Você fala inglês?) e ele “Nein!” (Não!). Agora eu estava oficialmente lascado.

Pensei que seria pior, mas consegui perguntar a ele onde pegar o ônibus, em alemão mesmo, e ele já havia me respondido da primeira vez, era em cima (über = acima). Vou ter que aperfeiçoar meu alemão pois irei a Viena algumas vezes, é perto!

Embarquei para Bratislava às 6:45, horário local, no Terminal 2 (Über! Über!) do Aeroporto Intl de Viena. Estava BEM frio, acredite.

Custo: €4.50 (aprox. R$12)

Tempo: 60min.

Chegada (quinta-feira, 20/12)

A viagem foi muito tranquila, ônibus confortável. A vantagem de viajar de ônibus, talvez uma das únicas (haha), é apreciar a paisagem. Infelizmente estava bem escuro e pouco pude ver da geografia local, basicamente árvores esparsas entre si e sem folhas.

“Curioso” é que existiam vários geradores de energia elétrica eólicos (vide foto abaixo – perdoem a qualidade!) ao longo da estrada.



A paisagem, no caminho, lembra MUITO aqueles filmes sobre nazismo (sério!!), é muito louco.. me senti um preso político hahahaha!

Na fronteira Áustria-Eslováquia houve uma parada, um policial entrou no ônibus, deu uma olhada por cima, pediu o meu passaporte. Eu nem precisei entregar, pelo visto ele só queria saber se eu carregava alguma identificação. A propósito, só um parenteses: cheguei em Bratislava, depois de toda esta jornada (Londres-Viena-Bratislava), sem nenhum carimbo no passaporte e nenhuma pergunta. Ninguém me perguntou absolutamente nada tipo “para onde eu ia” ou “o que eu ia fazer”, etc... e isto me preocupa.

O combinado, ao chegar em Bratislava, era eu encontrar o Josef (ele é meu guia AIESECo aqui) na estação principal, porém o motorista não falava nem inglês e nem alemão. Quando entrei no ônibus, tentei conversar mais ele não entendeu, falei: “Bratislava!” e ele “City or airport” (um inglês beeeeeem ruim). Eu falei “City”. Paguei os €4.50 e me sentei.

Quando o ônibus parou, em Bratislava, ele pediu que eu descesse. Eu desci, mas definitivamente não era aquele o lugar. Alí era uma parada de ônibus e tinha algumas pessoas estranhas, haha tinha um velho louco andando em círculos (ótima primeira impressão!! Hahaha).

Fui atrás de um orelhão para tentar falar com o Josef, porém o orelhão não aceitava euros. Andei 20m e troquei €10 em moeda local – coroas eslovacas (Slovenská koruna – Sk - €1 = 33 Sk).

A mulher falava muito pouco inglês, mas ela entendia bem. Problema é que ela me deu 300Sk em notas e 33 Sk em moedas (3x10Sk + 3 Sk). E eu precisava de moedas e não tinha a menor idéia de quanto custava o minuto de uma ligação para um celular local. E não é que foi? E ainda não usei tudo haha. Isto significa que, com aprox. 5 centavos de real eu consigo fazer uma ligação para celular local (absurdo!!).

Aquele clichê de que na Eslováquia as coisas são realmente baratas não é mentira. Que bom J

Acomodação (quinta-feira, 20/12)

Encontrei com o Josef e fomos conhecer o lugar onde ficarei temporariamente.

Como requisito antes de sair do Brasil, pedi a ele que procurasse o lugar mais barato possível (dentro de padrões sanitários e de segurança, é claro). Então eu já não esperava muita coisa, nada chique.

O lugar é comumente chamado de “dorms”, que nada mais são do que dormitórios para estudantes.

Existem vários destes complexos espalhados pela cidade e todos são mantidos pela Universidade de Bratislava, para os estudantes.

É um prédio gigante, com cerca de 4 andares e cada andar possui sala de estudo, cozinha comunitária e um grande número de dormitórios. Tudo é muito antigo.

Cada dormitório possui outros “2 quartos”, 1 banheiro (ducha e sanitário são separados), armários e uma pia. Você sai do corredor e entra no dormitório. Automaticamente você está em uma área comum onde se encontra o banheiro e a pia. Logo a frente existe outras duas portas que dão acesso aos quartos.

Cada quarto possui 3 camas (cabe até 3 pessoas) e uma mesa. No momento estou sozinho, no dormitório todo. Como básico na Europa, este prédio não é dieferente: inteiramente aquecido e água quente em todas as torneiras.

O preço é bem em conta, você paga aprox. R$ 120 para ter cama, água e energia elétrica. Não tem internet (nada, nem um sinal de fumaça).

Clique na foto abaixo para ampliar.



A cozinha é comum, como dito anteriormente, e é uma zon-! Fica na frente do meu dorm. A geladeira é pior ainda, tamanha desorganização. Não tem jeito, um bando de estudantes sempre será um bando de estudantes, em todo lugar do mundo.

Eu terei que comprar o que eu for usar – copos, talheres, pratos, etc.. embora tenha algumas coisas – panelas, principalmente - que foram deixadas (por pessoas iguais a mim?) e que podem ser usadas.

Eu não sei a política da casa, mas provavelmente deve ser a do “sujou, lavou”.



Ambientação (quinta-feira, 20/12)

Cheguei no dormitório e fui assinar alguns papéis de registro de entrada e fazer o pagamento (pelo menos aqui você paga antes).

Ganhei um chip de celular, mas não sei o número dele ainda (muito menos como descobrir isso) haha.

Este complexo em que estou é formado por estudantes de Economia (depois tiro fotos da entrada dele e da faculdade). Todos os estudantes falam inglês, não tem quase ninguém aqui – quase todo mundo já saiu para o recesso, voltam na primeira semana de Janeiro.

Depois de me regularizar na recepção, fui dormir. Era 10h.

Acordei umas 15h e fui visitar o escritório local da AIESEC, que fica a uns 10min daqui. Peguei instruções por SMS de como usar o ônibus e fui, na cara e na coragem! Haha!

Não é difícil andar de ônibus aqui, problema é a língua, só. Mas espero solucionar isso em breve... hehehe.

O transporte público aqui funciona. Você compra tickets de 10, 30 ou 60min. Você embarca pela porta de trás e marca seu ticket em umas máquinas que ficam nos apoios de alumínio. Funciona assim: ao colocar seu ticket nesta máquina, nele é inscrito o dia e horário corrente, e a partir deste momento você pode pegar quantos ônibus quiser por até tanto tempo (10, 30 ou 60min, dependendo do seu ticket). Não tem um cobrador, porém existe a possibilidade de você ser fiscalizado, o que acontece com pouca frequência, segundo o que o pessoal aqui diz. Disseram também que a penalidade (multa) para quem viajar com ticket expirado é alta.



Cheguei ao escritório da AIESEC CU (sem piadas haha, são as iniciais da universidade – Comenius University) e o pessoal estava terminando treinamento para alguns membros novos, em outra sala. Esperei um tempo e conheci alguns membros da diretoria. Logo depois me levaram pra comprar roupa (uma era a Sonya e outro um cara que eu esqueci o nome).

A Sonya mora aqui em Bratislava mesmo, ao contrário de muitos estudantes - maioria, que não são daqui.

Fomos a uma espécia de Riachuelo eslovaca, comprei um tênis-bota por que meu tênis não tava dando conta! Comprei uma blusa também, para usar sob a jaqueta (meia-boca – para o frio daqui – brasileira).

Já era tarde (quase 20h) então não deu tempo de irmos a outras lojas procurar jaqueta e luvas, vai ficar para sexta-feira ou outro dia, mesmo por que não é tão prioritário (a jaqueta que eu trouxe do Brasil está aguentando um pouco e o Josef me emprestou um par de luvas dele).

Fui ao mercado também, comprei alguns Rozoks (um pão comum que para nós brasileiros seria o francês), queijo, tomate, patê de presunto, manteiga e a Kofola!

Kofola é o refrigerante a base de cola que eles bebem aqui, mais comum que Coca-Cola. O gosto não tem nada a ver com Coca-Cola: é mais leve, menos doce, tem mais cafeína (2% a mais que Coca-Cola) e deve ter alguma fruta estranha na composição (provavelmente a do símbolo). Não gostei muito não mas vou me acostumar.



Voltei para casa sozinho, de ônibus, com as direções da Sonya.

Chegando no dormitório eu recebi uma SMS do Josef dizendo os celulares dos outros intercambistas da outra AIESEC (sim, tem três AIESECs aqui, uma é o MC – escritório nacional) que também estão morando aqui. Liguei para um deles, na verdade “ela” (Paulinia) e descobri que ela é minha vizinha de corredor.

Fui ao quarto dela para dar um “Alô!”, fazer um social. Ela é da Polônia e vive com as outras duas intercambistas que não estavam lá no momento (uma da Eslovênia e outra da Romênia). As três trabalham na Kraft Foods aqui em Bratislava, pela AIESEC, na área de contabilidade.

A Paulinia deu dicas importantes, como a do uso da geladeira: não deixe suas coisas na geladeira pois alguém vai pegar, principalmente se for iogurte, carnes, etc. Hahaha. Para ela não tem tanto problema, segunda ela mesma, pois ela é vegetariana e as palavras dela foram “These kids aren’t that fan of vegetables...” hahaha.

A solução é colocar os frios para fora, pela janela do seu quarto. Isso no inverno. No verão, o jeito é comprar pequenas quantidades para consumo rápido ou usar a geladeira e rezar para que não suma nada.

Eu peguei a sacola de supermercado, coloquei o patê e a mussarela dentro e deixei lá fora. A Kofola gelou em 20min.

Ah! Estou sem internet, então vou escrevendo offline e quando eu for a um pub ou café com internet eu coloco online.

Ah-2! Comprei o adaptador para tomadas!

5 comentários:

Anônimo disse...

Dioiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!\o/ Chegou, enfim!!!! Ipi ipi urra! Um pulinho e uma palminha pro Dioi!!!!!!!!!!!!! : * Estamos eu e a Fer lendo seus posts aqui...afff....Muito massa...E oh, vc tem um pique pra escrever, hein! Vão tye convidar pra Academia qdo vc voltar..huaihaoiuah...Oh, eu e a Fer estavamos matutando aqui...Buscamos no nosso repertório de clichês, mas naum encontramos nenhum que fale que as coisas na Eslaváquias são baratas...de onde tirou isso? Aliás, no nosso arquivo mental aqui não tem NENYJMA referência a Eslováquia...hahahahah...(A Fer ta se matando aqui..afff) Mas agora estamos interessadíssimas em conhecer os clichês daí..Será que tem algum do tipo: Na Eslováquia tem homens bonitos...heuiheoieuheoiuh....:P

Continuaremos aqui!!!!!!!

Naum esquece nosso combinado, hein! Arranja um aí pra mim!!!

Obs da Fer: Dioi, favor viajar bastante!!!!

Obs 2 (fer e lí): Trazer trecos e cacarecos eslovacos!!! : *********

Fica bem!!!! Beijosssssss...

Anônimo disse...

Kraaaa.. eu quero fazer um intercambio! Isso é tudo de bom! Não há coisa melhor.... Oooo saudade de dormir em albergue... =D

Kraaaa-2 (em homenagem ao seu Ah-2), como são as gurias por ae? gatissimas (=p)? e o seu trabalho, começa quando? Eles comemoram o Natal? (ahhhhhh tenho que ler os outros posts ainda, talvez você jah tenha respondido a essas perguntas!)

Jah volto então!

Unknown disse...

Diouiiii, fiquei uns dias sem passar por aqui e quase perco esse post super esperado. Que dormitório mais feiouuuuuuuuuuuuuuuu, mas eu gostei da bandeira do brasil. A proposito, feliz natalllllllllllllllllllll.
bju bju bju

fabiana masarovic disse...

oi gostaria saber se voçe mora na eslovaquia ,porq se não for eu creio que só a unica aq nese fin de mundo.meu imail é fabianamasarovic@hotmail.com bjs me add

Welma disse...

Olá, eu achei esse site por acaso hoje e achei mto bacana :-). Eu gostaria de saber mais sobre a eslovaquia, trocar idéias, o meu msn é welma_mat@hotmail.com