domingo, 31 de agosto de 2008

El finale!

Bom, agora são 2:10h da madrugada de domingo e eu perdi meu vôo para Cuiabá.

Sobestimei o transporte público paulistano e acabei perdendo meu vôo - o que resultou em 8h de espera até o próximo vôo.

Coincidência ou não, há 8 meses atrás eu estava neste mesmo aeroporto escrevendo sobre minha ida à Eslováquia - sentado no chão, ainda na euforia de ver o novo.

Ainda recebo perguntas que não consigo responder - como foi a viagem? gostou? compensou? etc..etc.

Não dá. Eu sei que foi bom, eu gostei, mas eu não consigo colocar tudo em palavras, tudo que falo é "Foi ótimo" ou "Compensou", mas, para mim, monossílabos sem explicação são como políticos falando "Investirei na educação!" - mas de onde o dinheiro vai sair, ninguém sabe.

Meu português ainda está inferrujado, às vezes eu ainda assusto com tamanha pobreza e desigualdade que temos nas ruas, sem mencionar na falta de educação em todos os cantos públicos - minha última experiência foi com transporte público, frustrante. Mas eu supero.

No mais, vou fechar este blog pois não consigo deixar responsabilidade abertas.

Aos que se interessarem sobre a Eslováquia ou intercâmbio para a Europa, sinta-se à vontade de procurar (email/MSN disponível no perfil).


Ahoj! :)

sábado, 23 de agosto de 2008

Chegada

Ironia ou não, minha chegada ao Brasil foi junto com a chegada da seleção feminina de futebol. E não é novidade que eu não gosto de futebol.
Aí no no saguão de desembarque estava aquela maratona de jornalistas - só pra tumultuar mais e deixar minhas 19 horas de pós-viagem mais agradáveis.

A viagem foi tranquila e sem atrasos: Viena - Londres em 2h. Seis horas de espera no aeroporto de Londres (Heathrow) e 10:50min de Londres à São Paulo. Nada de bizarro aconteceu (e isto me assusta, né?).

Aí fui pego no Aeroporto Internacional de Guarulhos pelo Rodolfo (e outros amigos dele) e seguimos direto para minha casa nova, em São Bernardo do Campo.

Algumas diferenças começaram a aparecer - como, por exemplo, um "ar de má educação" que parece se ter por aqui. É que eu estava mal acostumado a receber "bom dia", "até mais" ou "até logo" em qualquer lugar (após compra, após saída de uma sala, elevador, etc..). Aqui não: você compra e no máximo o que recebe é um "próximo!". Estranho. Welcome to São Paulo?

Entrei e não tirei os sapatos pra chegar até meu quarto, bem como usei o toilet e acumulei o papel usado no cesto (que, confesso, ainda acho bem nojento - querendo ou não, jogar na privada é bem mais higiênico, você há de concordar).

A temperatura por aqui também não está tão agradável - 17 graus Celsius, contra os quase 35 que fazia na Eslováquia.

E o futuro deste blog? Bom, inevitavelmente ele vai ser fechado mas por enquanto eu continuo a escrever sobre as primeiras impressões. Até que tudo volte ao "normal".

Agora é esperar e se adaptar.

Welcome to Brazil.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Choques Culturais

Choques culturais. Isso significa que eu em alguns momentos da minha estadia em Bratislava/Eslováquia/Europa, eu me senti numa situação nova ou diferente da acostumada no Brasil. Algumas delas são normais e você encontrará sempre que pisar aquina Europa, outras são só diferenças que ocorreram algumas vezes, não em geral.
Mesmo tendo a palara "choque", não significa que o que vem adiante são coisas ruins, nem mesmo grandiosas. Pelo contrário, muitas delas, são choques positivos e outros foram só insights.


1. Colocar moedas em carrinhos de supermercado e de aeroporto e retorná-los após o uso;
2. Ter um chuveiro móvel e não um chuveiro pendurado na parede = tomar banho com uma mão só!
3. Ter o toilet separado do bathroom, significa que você não toma banho no mesmo lugar em que você #%#$...
4. No transporte público, ter que entrar pela porta de trás e marcar o seu próprio ticket;
5. No transporte público, a inexistência de cobrador;
6. No transporte público, ter uma tabela de horários com exato momento em que o ônibus passa em cada ponto de ônibus;
7. Comer batatas como se fosse arroz;
8. Comprar água gaseificada ao invés de natural - e ter que achar 1 marca sem gás entre 999 marcas com gás;
9. Numa lanchonete, fazer o pedido, pagar e não precisar mostrar recibo na hora de retirar o seu pedido;
10. Num pub/bar, se acompanhado de algumas pessoas (5, 6 pessoas), todos fazerem o pedido ao mesmo tempo (bebida e comida);
11. Pagar por sacolas plásticas no supermercado ou, quando não, carregar as coisas na mão (por que eu não carregava uma sacola comigo e nem queria comprar sacolas hahaha);
12. Ver pessoas carregando pequenas compras de supermercado nas mãos;
13. Andar em elevador sem porta interna;
14. Estar batendo um papo com alguém e de repente o cidadão assoar o nariz em alto e bom som. E parece que nada aconteceu.
15. Sempre que visitando alguém, ser bombardeado por ofertas: deseja beber algo? Chá? Vinho? Cerveja? Vodka? Água?
16. Jogar papel higiênico na privada (p.s: e depois disso, agora eu não me conformo em acumular papel higiênico usado em um cesto haha)
17. Correr atrás do sol = se o dia for ensolarado, correr para o parque, piscina pública ou lago para tostar!;
18. Após o almoço, fazer exercícios leves (como andar ou subir 4 andares pela escada) e argumentar que faz bem para digestão (hey, no Brasil a gente come e depois dorme!);
19. Bancos abertos ao público até às 21h, de segunda a domingo!!!!

Este post foi escrito há 5 meses atrás, quando estas coisas ainda eram diferentes. Hoje, já nem me lembrava mais que existiam. Acostumei-me.

E agora, que venham os choques culturais no Brasil! :)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Budapeste II

A gente acordou cedo (7h) no sábado.
Já sabíamos que ia chover, pela previsão do tempo, então não estávamos tão animados.

Pegamos chuva durante todos os 200km. Chuva fina, chata.

Quando chegamos em Budapest a chuva deu uma trégua e depois ao longo do dia todo, não pingou uma gota sequer. Great :)

Como só tínhamos "um dia", optamos por andar no centro um pouco, fazer a rota ponte-igreja Santa Elizabete e parlamento (já é um chão bom). Perdemos de ir à sinagoga.

A regra da viagem era: sem pressa. Nada de correr! Queríamos a paz de se perder em Budapeste, ser turistas perdidos. E fomos.

Compramos uma panqueca de batata, um espetinho mixuruca e uma porção de batata: 15 euros. QUINZE euros! Foi um roubo! haha Quer ser turista? Então aguenta..

Como os eslovacos já foram perpetuados pelos húngaros, no passado, e até hoje eles têm uma rixa daquelas, a nossa frase do dia era: "Não confiem nos húngaros!". Era puro racisto e preconceito, claro, mas era uma piada interna haha.

Aí depois de alguns minutos fomos comprar ticket do metrô (que, por sinal, é o primeiro metrô da Europa): a vendedora não falava inglês (se ela sabia eu não sei - os húngaros têm um nacionalismo, assim, parecido com o dos franceses) e mesmo tendo apontado pra ela de onde para onde queríamos ir, ela nos vende um ticket de um dia. UM DIA! Pára tudo! haha
Aí pronto, imortalizamos a frase: "Não confie neles!" haha (parar com essa palhaçada, né? :))

Então tá, sem mais, fique com as fotos..

Foram duas câmeras: a minha e a do Alex, então vai parecer meio repetido.





Ahoj!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Budapeste

Esta vai ser minha última viagem turística :(

A Ala vem pra Bratislava hoje à noite e temos programinha especial: bater papo no centro-empacotado-de-turista e amanhã cedo ir para Budapeste, passa o dia por lá.

Budapeste é a capital da Hungria, cidade com seus mais de 1 milhão e meio de pessoas e prédios estonteantes (dizem).

Fica aí uma palhinha: Prédio do Parlamento Húngaro e a Ponte Széchenyi.





Mando fotos em breve :)

Ahoj!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

E o verão na Europa?




Olha, se tem uma coisa que eu não me acostumei ainda é com a euforia do europeus pelo verão.

É mais do que entendível que se eles só se têm este sol e um calor de 35ºC por apenas 3 meses num ano: é claro que eles vão aproveitar demais. Mas, mesmo assim, eu não dou conta não.

É festa em tudo quanto é canto, sãs as praças do centro sempre fervendo de turistas, as dezenas de festivais de diversos tipos (jazz, rock, música clássica), prais artificais, piscinas públicas, pistas de patins, bicicletas, passeio com o cachorro, pequinique no parque, vôlei de praia (nas margens dos rios), enfim, tudo que é móvel e legal sai para as ruas.

E seus amigos também. E é neste ponto que a coisa pega: sair.

Final de semana para mim é para descansar e fazer uma atividade light: ir ao cinema, visitar um shopping, comer aquela comida (e depois dar uma dormida preguiçosa sem preocupação), caminhar despreocupado. Mas aqui não: se o sol estiver lá fora, pode esperar, seu domingo preguiçoso pode virar um inferno de 100 atividades sem nenhum tempo para respirar.

É claro que isto varia de pessoa para pessoa mas em geral, se o sol estiver raiando lá fora e você estiver dentro de casa, é como se estivesse em uma prisão.

E eu também não me acostumei com ir a piscinas públicas ou lago e ficar lá fritando, por 3h, exposto ao sol. CREDO!