sábado, 19 de junho de 2010

Canudinho extensor?

Sabe quando arrumam soluções diferentes para um mesmo problema? 





Solução interessante: no Brasil a gente usa aquele canudinho flexível, não? :)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Copa do Mundo na Eslováquia


Latino tem lá suas (muitas) diferenças, mas a maior delas é a forma de se expressar emoções. Muitos já estão carecas de saber que gesticulamos a lot se comparado eslovos, mas não é só isso.

Esta semana a Eslováquia estreou na Copa (a primeira vez que a Eslováquia vai para a Copa - não confundir com Checoslováquia. Vale ressaltar que o estado soberano só existe há 17 anos) e foi.... como um dia qualquer.
Sim. Um dia qualquer.

Não teve fogos de artifício; não teve ponto facultativo; ninguém foi dispensado do trabalho - e o país não parou por causa da Copa.
E não é por que a Eslováquia não é o país do futebol - eles jogaram este ano na  Copa do Mundo de Hóquei no Gelo na Alemanha, um esporte muito famoso nacionalmente, e nem por isso o país parou. A questão aqui é pura e claramente a mentalidade: a cultura.
Mas isso não quer dizer que ninguém aqui gosta de futebol: pelo contrário. Futebol é um esporte popular - por exemplo, meu chefe e meu supervisor foram jogadores profissionais de futebol (pensa: os caras tinham faculdade, conhecimento técnico em computação E jogavam futebol profissionalmente).
E também não quer dizer que ninguém assista aos jogos: com tanta tecnologia em campo, fica dificil não ver: existem muitos sites nacionais transmitindo o jogos online bem como antenas de TV USB :)

Também diferente do Brasil, nem tudo fica "verde e amarelo" (aqui, azul-vermelho-branco) - esqueça as bandeirinhas pelas ruas. Obviamente que a indústria/comércio aproveitam a deixa para fazer promoções temática - afinal, não é todo ano que se pode usar Junho/Julho para fazer marketing nacionalista.

Eu nunca fui fã de futebol - novidade! - mas aqui eu sinto o oposto: existe uma necessidade de saber o que acontece. Por ter nascido e morado no Brasil por 22 anos é praticamente impossível você se fazer de alienado quando o assunto é copa do mundo. No Brasil,  eu não precisava assistir aos jogos ou olhar o placar na internet: bastava ora contar a chuva de fogos de artíficio e ora contar o número de murmuros. 2 murmuros e 4 chuvas de fogos: Brasil 4 x 2 . Se os fogos fossem seguidos de palavrões do tipo "chupa" ou "toma", o jogo era contra a Argentina. Simples assim. Mas aqui? Aqui não: não ouvi um PIU quando a Eslováquia marcou o gol. Meu colega de trabalho, plugado no rádio, levantou as mãos e se conteve. :) 

Este meu colega de trabalho obviamente torce para Eslováquia (ele é eslovaco) mas ele confessou que  que corre para casa mesmo é para ver o jogo da Seleção Brasileira. Um show, como diz ele.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Serviço ao consumidor

Lembro-me muito bem de quando cheguei pela primeira vez por estas bandas e um dos choques que tive foi com a qualidade dos serviço, principalmente em bares e restaurantes.

Não estou falando de nada espetacular - manobristas, tapete vermelho e holofotes. Falo de coisa básica.

Exemplo:
Um vez, numa desses invernos de rachar, após pedir um chá de morango (sachê) e mel num pub, eu chamei o garçom para reclamar que aquilo não era um sachê de morango - era de alguma "berry" qualquer que não me lembro. O garçom teve a audácia de falar que o de morango tinha acabado. Simples assim. Pensei: "Ah! E ele trouxe o que deu na telha dele?". OI?

Eu entendo os porquês - pense que, no passado, não existia concorrência. Prestar um serviço bom pra que, não é? :) Mas isso, no Brasil, é um insulto grande - e pode levar a desemprego.

Felizmente as coisas estão mudando - perto de onde trabalho, num desses restaurantes para almoço diário, um colega reclamou que a comida dele estava "incomível". O dono trouxe outro prato e se desculpou, e, no final, meu colega não pagou nenhum dos dois pratos (eu esperava pagamento de pelo menos um, mas ok).

Por outro lado, terça-feira fomos no Hornbach (uma loja alemã de materiais para construção e mobílias) comprar uma cadeira para por na sacada. Chegando lá, as cadeiras estavam todas do lado de fora, à mostra. Cheguei, sentei e fiquei lá testando a cadeira. Não deu 5min o segurança veio, com aquela cara de esse-moleque-ta-tentando-fazer-algo: "O que aconteceu?" - hahah eu fiz cara de paisagem. Não acreditei no que ele tava falando. Levantei na mesma hora e sai, afinal, não sou obrigado a gastar meu dinheiro em estabelecimento que trata cliente como se fosse ... sei lá. Fica dica pra próxima: ao abordar um cliente, seu comportamento deve ser: "Pois não, posso ajudar?" - mesmo se o cliente estiver tentando DEPREDAR o produto.

Outra vez, por exemplo, fomos comprar uma peça (um mini-amortecedor pra prateleira da cozinha) e, ao chegar na loja (esnobe, diga-se de passagem - tão esnobe quanto o antigo dono), o vendedor falou: "Ah! Mas essa prateleira é modelo velho.. tem uns 2 anos? Então, a gente não vende peça pra ela..".
Quando tentamos iniciar um diálogo, ele já completou: "Próximos!". Ele já estava chamando o casal atrás da gente. Atrás. Da. Gente. PODE? Interrompemos:
"Mas moço, não tem como encomendar a peça? Afinal, vocês que produzem...".
"Não, não dá. A gente faz umas 40 cozinhas por mês, não temos tempo pra isso."
Alou Brasil, tá me ouvindo? Fiquei sem acreditar no que ouvira. Sério.

Desnecessário comentar que eu não piso mais naquele muquifo, né? E espalho a má fama ainda! :D Favor cívico.

Pois bem: eu tenho minha blacklist de estabelecimentos em que não piso mais - como também tenho minha whitelist de estabelecimentos que indico!

Na Eslováquia, no Brasil, na China: faça o mesmo. Ou você só reafirma que seu dinheiro não vale NADA.